Morre na África a professora de Junqueirópolis vítima de malária cerebral
Professora não resistiu ao agravamento do quadro de malária cerebral e morreu em Angola.

A professora universitária junqueiropolense Daniela Pinheiro Bitencurti, de 42 anos, morreu na cidade de Luanda, capital de Angola, na África. Ela não resistiu ao agravamento do quadro de malária cerebral.
Daniela era professora da Universidade Federal de Sergipe, campus do Sertão, e proferiu palestras sobre Geotecnologia Aplicadas ao Meio Ambiente no país africano. Ela estava e Angola desde o começo de junho. Além de Luanda, Daniela passou por outras duas províncias no país africano.
A notícia da morte foi publicada na manhã de hoje (27) pelo seu cunhado Geoff Ruzgar, em sua página do Facebook. A morte também repercutiu na imprensa africana, com uma reportagem exibida na Record TV África. Assista:
Daniela Bitencurti foi encaminhada para uma clínica privada com avançado quadro de malária cerebral, após ser encontrada desacordada na manhã da última sexta-feira (21). Ela estava internada na UTI em estado bastante crítico.
A junqueiropolense retornaria ao Brasil no mesmo dia em que foi encontrada desacordada na casa que alugou. Ela foi socorrida por familiares da locatária do imóvel.
Em entrevista à Record TV África, a operadora turística Maria Saraiva, uma das proprietárias do imóvel alugado – que acompanhou a professora no socorro médico – disse que o estado de saúde dela era muito crítico. “Os médicos disseram que as disfunções que ela apresentava nos órgãos estavam controladas, mas o problema era que ela não apresentava reação neurológica”, relatou. (Continua após a publicidade...)
Sem parentes em Angola - até a chegada da sua irmã Carina – a professora teve o apoio da família proprietária do imóvel e do Consulado Brasileiro em Luanda. Tiago Almeida, chefe do Setor Consular, disse que uma funcionária da embaixada acionou imediatamente o seguro de viagem para ajudar a cobrir parte dos custos com o tratamento.
As despesas na clínica que atendeu a professora giraram em torno de U$ 4 mil (mais de R$ 15 mil), ao dia, o que não era 100% coberto pelo seguro viagem, exigindo inclusive a mobilização da família no brasil, em campanha pelas redes sociais, para levantar recursos para complementar o pagamento das despesas hospitalares.
Além da mobilização por dinheiro, a professora precisava de doações de sangue, o que também sensibilizou moradores de Angola. Dois deles foram mostrados na reportagem a Record TV Internacional. “Resolvi ajudá-la para que possa dar continuidade ao seu serviço”, disse o motorista Osvaldo Escrivão, um dos doadores de sangue. “Voluntariamente nunca tinha doado. Foi a primeira vez. Aprendi que é rápido, praticamente indolor e passei a saber que posso salvar quatro vidas”, revelou o empresário Cléber Correia.