Cidades

Ministério Público denuncia 30 pessoas por fraude em concurso público em Pacaembu

Entre os denunciados estão aqueles que seriam beneficiados, intermediários e agentes públicos.

Por: Da Redação atualizado: 15 de novembro de 2020 | 23h24
Ficha de inscrição do candidato, ao concurso público. No rodapé, anotação manual com a observação para que o mesmo seja aprovado em primeiro lugar no concurso. Prova material consta da denúncia do MPSP ao Poder Judiciário (Reprodução). Ficha de inscrição do candidato, ao concurso público. No rodapé, anotação manual com a observação para que o mesmo seja aprovado em primeiro lugar no concurso. Prova material consta da denúncia do MPSP ao Poder Judiciário (Reprodução).

Em decorrência de investigações realizadas pela Promotoria de Justiça de Pacaembu desde dezembro de 2019 acerca do Concurso Público Nº 01/2019 promovido pela Prefeitura da cidade, suspenso na época a pedido do Ministério Público por suspeitas de fraude (reveja), bem como após diligências na "empresa" contratada e de documentos encontrados no contexto da operação "Atoleiro" deflagrada em 11 de março deste ano (reveja), o órgão ajuizou nesta quarta-feira (11), junto ao Poder Judiciário da Comarca, a quinta ação relacionada a fraudes no certame.

Autuada no Poder Judiciário sob o número 1002108-18.2020.8.26.0411, esta quinta ação se refere à lista daqueles que seriam aprovados no concurso, independente de mérito próprio, e em detrimento do serviço público. Segundo publicou a fanpage da Promotoria de Justiça de Pacaembu, foram processadas 30 pessoas, dentre elas, beneficiados, intermediários e os agentes públicos envolvidos.

Outra evidência da fraude: anotação manual informa vagas e define classificação do candidato (Reprodução).

Segundo a divulgação feita em rede social, “verificou-se haver estreita relação daqueles que seriam aprovados com o chefe do executivo - afastado de seu cargo desde setembro de 2020 por decisão unânime da 8ª Câmara do Tribunal de Justiça e mantida pelo Superior Tribunal de Justiça - e de alguns vereadores, bem como outros aliados”. (Continua após a publicidade...)

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Cronologia das quatro ações

Segundo divulgou a Promotoria, a primeira e a segunda ações relacionadas ao concurso público, de números 1000023-59.2020.8.26.0411 e 1000058-19.2020.8.26.0411, ajuizadas em janeiro de 2019, visavam a suspensão das provas “em razão de fundadas suspeitas de ilicitudes no procedimento licitatório e nos editais publicados”. Na oportunidade, o Ministério Público requereu também o bloqueio dos bens da empresa com a finalidade de ressarcimento dos candidatos e a exibição de diversos documentos.

Segundo a promotoria, por não terem sido encontrados valores suficientes, foi realizada uma diligência in loco e, também, não foram encontrados bens suficientes – além de algumas impressoras em imóvel residencial – que pudessem ser levantados para garantir a dívida.

A terceira ação, de número 1001997-34.2020.8.26.6.0411, se relaciona com a fraude na contratação da "empresa" que realizaria o concurso. Nesta ação, são processadas oito pessoas que, em conjunto, teriam forjado o procedimento de dispensa, beneficiando "empresa" previamente selecionada. Nela, o Ministério Púbico pede que sejam ressarcidos os valores pagos pelos candidatos que prestariam a prova. Os fatos também já foram parcialmente denunciados na esfera criminal, conforme autos de número 1000577-91.2020.8.26.0411, sendo este o quarto processo relacionado ao caso.

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