Colisão em poste: motoristas devem arcar com prejuízos, que podem chegar a R$ 43 mil
Colisões em postes trazem riscos à vida, afetam o sistema elétrico e geram prejuízos ao responsável.

Colidir com um poste de energia elétrica não gera apenas riscos à vida de motoristas, passageiros e pedestres. O impacto também pode resultar em prejuízos ao responsável pelo acidente. A Energisa Sul-Sudeste informou ao portal Siga Mais que os custos para reparar os danos variam conforme o tipo de estrutura atingida e podem custar de R$ 6 a R$ 43 mil por poste, dependendo dos equipamentos danificados.
Recente colisão em poste, em Adamantina (Siga Mais).
Recente colisão em poste, em Adamantina (Siga Mais).
Recente colisão em poste, em Adamantina (Siga Mais).
Conforme explica a concessionária, esse valor varia de acordo com o tipo de estrutura e equipamentos instalados, afetados pela colisão. Um levantamento técnico da empresa dimensiona o impacto da batida na estrutura e equipamentos e aponta também os meios que precisarão ser mobilizados para restabelecer a segurança estrutural e funcional do sistema de distribuição.
Nesse contexto, a Energisa destaca que cada ocorrência é analisada individualmente, e os custos dimensionados incluem a reposição de postes, cabos e transformadores danificados, além dos serviços técnicos e insumos mobilizados para o reparo. “A substituição de um poste pode levar de três a quatro horas ou mais, dependendo do local, e gera despesas que devem ser arcadas pelo responsável pelo acidente, após a apuração feita pelas autoridades competentes”, explicou a empresa.
Mais de 90 batidas em postes neste ano na região
Nos últimos 30 dias, foram registradas duas colisões em postes em Adamantina e uma em Lucélia. Apenas na região de Presidente Prudente, que abrange 24 cidades atendidas pela concessionária, ocorreram 91 batidas de janeiro a agosto deste ano, afetando 21,9 mil consumidores com interrupção temporária de energia.
R$ 1,4 milhão para reparos por colisões em postes
O prejuízo não recai apenas sobre o motorista envolvido. Interrupções no fornecimento de energia impactam moradores, comércios, hospitais e serviços públicos. De acordo com a Energisa, os gastos anuais com reparos na rede provocados por batidas de veículos chegam, em média, a R$ 1,4 milhão.
Acidentes com postes: perigo vai além do local da batida e exige atenção da população
Colisões contra postes de energia não representam risco apenas para motoristas e passageiros. A Energisa Sul-Sudeste alerta que qualquer pessoa próxima ao local do acidente pode estar exposta a um risco real de choque elétrico fatal, especialmente quando cabos rompidos caem sobre o veículo ou ficam no chão ainda energizados.
Foram 91 colisões em postes neste ano, na região (Cedida/Energisa).
A concessionária explica que, diante desse tipo de ocorrência, a curiosidade de moradores ou transeuntes pode se transformar em perigo. Aproximar-se para fazer fotos, vídeos ou tentar ajudar sem a devida orientação pode resultar em acidentes graves. “O choque elétrico não atinge apenas quem está dentro do carro. Quem passa pelo local ou tenta prestar socorro sem os cuidados necessários pode ser vítima de uma descarga elétrica”, reforça a empresa.
Como agir com segurança?
- Se estiver dentro do veículo acidentado: mantenha a calma e permaneça no interior do carro, evitando contato com partes metálicas. Aguarde a chegada dos bombeiros e da equipe da distribuidora, que farão a eliminação segura dos riscos.
- Se estiver passando pelo local: mantenha distância, não toque nos cabos e nem se aproxime do veículo atingido.
- Quem presenciar o acidente: deve acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros e a Energisa pelo telefone 0800 70 10 326, informando com precisão o local do ocorrido para agilizar o atendimento.
De acordo com a empresa, a colisão pode gerar curto-circuito, incêndio e até necessidade de desligamento emergencial da rede para substituição dos postes.
A recomendação é clara: manter distância salva vidas. Enquanto os profissionais não chegam ao local, a energia pode estar presente em cabos partidos, no veículo envolvido e até no solo próximo. “A prioridade sempre é proteger as pessoas. O socorro deve ser feito com segurança e por equipes treinadas”, alerta a distribuidora.