Os cuidados com os cães se ampliaram nos últimos anos, sobretudo pelas inovações, tecnologia e o grande volume de informações. Nesse cenário, um tema bastante relevante entre aqueles que criam esses animais é a alimentação.
O hábito que prevaleceu durante décadas entre aqueles que têm cães, era alimentá-los unicamente a partir das sobras de comida. Essa rotina não estava exclusivamente ligada às condições financeiras das famílias, mas sempre esteve inserida como um costume e alternativa simples de garantir a alimentação aos animais.
No mercado brasileiro as rações chegaram na década de 50, e o setor não parou de evoluir, ganhando espaço entre os criadores de cães. Por outro lado, a tecnologia barateou os custos de produção e diversificou as formulações, entre outras qualidades positivas.
Soma-se a isso o amplo conjunto de informações, que permitiram disseminar a importância de garantir a alimentação adequada aos animas, dentre de suas características e necessidades, que são diferentes do organismo humano.
Em razão dessas diferenças de organismos, características e necessidades, é preciso considerar como fundamental que os cães recebam a alimentação correta, com reflexo na qualidade de vida, saúde e tratos preventivos.
E em paralelo, se atentar aos alimentos que podem colocar em risco a vida dos cães. As orientações são dos irmãos e médicos veterinários Rafael Judai e Bruna Judai, da Clinicão Clínica Veterinária.

Amor e cuidados

Os pets são parte da vida de seus tutores, com os quais dividem o cotidiano e todas as emoções e tensões do dia-a-dia. Por isso, pensando na qualidade de vida desses animais, é preciso uma atenção especial com a alimentação.
Segundo os veterinários Rafael Judai e Bruna Judai, essa proximidade entre o tutor e os cães os identificam. “As pessoas e seus cães de estimação se identificam tanto, e nisso muitos pensam que esses animais tão queridos podem comer o mesmo que nós”, advertem. “Mesmo que a maioria dos alimentos não pode prejudicar os cães, há alguns que, se ingeridos, pode desencadear consequências graves para a saúde desses animais”, reforçam.

Alimentos que pode matar os cães

A dupla de médicos veterinários da Clinicão levantou na ampla bibliografia sobre o tema, sete alimentos que podem desencadear graves complicações de saúde nos cães, e inclusive leva-los à morte. “A recomendação é não disponibilizar esses alimentos aos cães”, destacam. “E em caso de consumo acidental, procure orientação e serviço especializado, lembrando sempre: quanto menor o cão, maior o efeito”, completam Rafael Judai e Bruna Judai.
Veja os alimentos proibidos para cães:
- Abacate: É um alimento com um teor de gorduras muito alto, o que por si só já é um problema para os cães. Mas o perigo maior, para esses animais, está na polpa, semente e folhas. Nelas, está presente o persin, uma substância derivada dos ácidos graxos, muito tóxico para os cães e outros animais. Se consumido, podem provocar vômitos e diarreias e desencadear consequências mais graves ao organismo do animal.
- Chocolate: É um vilão extremamente perigoso para os cães. O chocolate contém uma substância chamada teobromina, que o cão não metaboliza da maneira adequada. O consumo por esses animais pode causar dores estomacais, tremores e até mesmo a diminuição do ritmo cardíaco, podendo matar o cão.
- Café: A ingestão do café pelo cão também pode trazer desdobramentos fatais. A bebida contém metilxantina, substância estimulante do sistema nervoso. Nos cães, a ingestão da bebida pode causar problemas digestivos, hiperatividade e excesso de sede. Esses fatores podem ser fatais.
- Leite: Uma reação comum a muitas pessoas também se dá entre os cães. Os animais adultos não digerem bem o leite e também são intolerantes à lactose. O organismo dos cães não tem as enzimas necessárias para poder assimilar este alimento. A ingestão com frequência, pelos cães, pode causar sérios problemas digestivos nesses animas.
- Ossos: Mesmo sendo um alimento bastante associados aos cães, o consumo pode ser perigoso. É comum a ocorrência de rompimento de dentes ou lesões na boca, além de provocar engasgamentos.
- Cebola: Nos cães, a ingestão de cebola pode danificar os glóbulos vermelhos do sangue, desencadeando para anemia e falta de oxigênio no metabolismo do animal. Os reflexos da ingestão podem atingir também o fígado do cão e até leva-lo à morte. A mesma restrição se dá com a ingestão de alho: como a cebola, pode ser fatal aos cães.
Uvas: Essas frutas podem conter restos de pesticidas ou metais pesados, o que pode desdobrar em consequências perigosas aos cães. A restrição também se aplica às uvas passas, que podem danificar os rins desses animais, e no pior dos casos, levar a uma insuficiência renal.

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