Após inverno quente, primavera chega com forte calor em Adamantina
Estação será de chuvas atÃpicas em quase todo o paÃs. Horário de verão começa dia 18 de outubro.

Às 5h21 da manhã de hoje (23), o Brasil entrou oficialmente na estação da primavera, e dá lugar ao inverno quente, que surpreendeu os adamantinenses. Segundo especialistas, a estação que chega será de chuvas atípicas em quase todo o país.
De acordo com a Agência Brasil, que ouviu o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mozar Salvador, no próximo trimestre, de outubro a dezembro, o Brasil estará praticamente dividido em duas grandes áreas: uma terá chuva acima da média e outra, abaixo.
As temperaturas também serão proporcionais às chuvas. “Nas regiões onde a probabilidade de chuva ficar abaixo da média a tendência é que as temperaturas fiquem mais altas. E, em dias de chuva, a temperatura máxima tende a diminuir um pouco”, explica.
O meteorologista diz que o fenômeno do El Niño já está em curso há alguns meses e que seus efeitos são notadamente registrados em todo o país, com chuvas acima da média no Sul e Norte e seca no Nordeste. A próxima estação deve seguir essa tendência.
Na Região Sul e na parte sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste, como áreas dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a probabilidade é que as chuvas fiquem acima da média. “Estamos vendo que, desde o início de setembro, esse perfil tem seguido o padrão previsto, com muitas chuvas no Sul e chuvas regulares em áreas do Sudeste”, acrescenta.
Já nas regiões Norte e Nordeste e a parte norte do Sudeste e Centro-Oeste, como o estado de Goiás, o Distrito Federal e o norte de Minas Gerais, a probabilidade é que as chuvas fiquem abaixo da média.
Mozar Salvador pondera que essa previsão do Inmet (acesse aqui) é trimestral e que o volume de chuvas pode variar entre os três meses, com mais chuvas em um mês e menos em outro. De acordo com ele, não é possível também afirmar que o volume de chuvas será regular em todos os locais. Para o meteorologista, apesar de o estado de São Paulo ter a chance de chuvas regulares ou acima da média, pode não chover, por exemplo, nas regiões de captação das bacias com deficit de recursos hídricos.
Cuidados com a saúde no calor
Com a chegada da primavera, chegam também as temperaturas altas, comuns para esta estação do ano, deixando o clima seco e com baixa umidade do ar. Essa combinação pode provocar problemas de saúde como coriza, febre e chiado. Em situações extremas, até insuficiência respiratória com necessidade de internação hospitalar. Mas saiba que com medidas simples de prevenção é possível minimizar os problemas.
Nesse período são muitas as orientações para que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida e protejam a saúde. Entre as dicas, Ingerir bastante líquido (a não ser em caso de alguma restrição); não fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h quando a umidade do ar estiver baixa; deixar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir; lavar as narinas com soro fisiológico e/ou faça inalações com o mesmo produto; manter os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira e evitar frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas.
Horário de verão
A primavera marca também o início do horário de verão, que neste ano começa em 18 de outubro e vai até 21 de fevereiro de 2016. A medida atinge os estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal.
Em 2015, o Ministério de Minas e Energia estimou que a redução da demanda de energia entre 18h e 21h foi de até 1.970 megawatts (MW) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor é equivalente ao dobro da demanda da cidade de Brasília. No subsistema Sul, segundo o ministério, a redução foi 625 MW.
Os ganhos com a redução do consumo total de energia foram de cerca de 195 MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que equivale ao consumo mensal da cidade de Brasília, e 55 MW médios no subsistema Sul, equivalente ao consumo mensal de Florianópolis.
A redução total de 250 MW médios corresponde a um percentual estimado de 0,5%, nos dois subsistemas. Além disso, estima-se que ocorreu um ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas de 0,4% no sistema Sudeste/Centro-Oeste e 1,1% no sistema Sul.