Cidades

Adamantina registrou 159 raios em intervalo de 38 horas

Horário de maior incidência de raios em Adamantina foi entre 1h20 às 7h40 de hoje (25).

Por: Da Redação atualizado: 27 de novembro de 2015 | 17h39
Adamantina registrou 159 raios em intervalo de 38 horas (Foto: Ilustração). Adamantina registrou 159 raios em intervalo de 38 horas (Foto: Ilustração).

No período da 0h de ontem (24) até às 14h de hoje (25), ou seja, no intervalo de 38 horas, Adamantina registrou a ocorrência de 159 raios. As informações foram obtidas pelo SIGA MAIS junto ao Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o ELAT, nesse período de 38 horas, o horário de maior incidência de raios em Adamantina foi entre 1h20 às 7h40 de hoje (25). O ELAT informou ainda que acima de 100 raios por dia é considerado um número alto pelos pesquisadores, mas não anormal.
Os dados apresentados ao SIGA MAIS revelam também a densidade de descargas atmosféricas em Adamantina: 7.89 por km²/ano. Segundo o ELAT, o índice é considerado alto, mas dentro da média, pelos pesquisadores.
No ranking da densidade de raios (área do município divido pela quantidade de raios que caem ao ano), Adamantina ocupa a posição nacional de número 1931 e a posição estadual de úmero 342. Veja no quadro abaixo o ranking das dez primeiras cidades paulistas e do Brasil, considerando a densidade de descargas.
Anualmente, no Estado de São Paulo, caem em média 2,31 milhões de raios. Considerando a densidade, o estado paulista ocupa a 6ª posição entre todos os estados brasileiros, com uma média de 9,29 raios por km²/ano.

Proteção contra raios (*)

Com base nas informações coletadas sobre as circunstâncias de morte por raio mais comuns, ELAT desenvolveu uma cartilha detalhada de proteção contra raios, cujas recomendações devem ser seguidas durante as tempestades. Se possível, o melhor é sair da rua na hora de uma chuva forte com raios e trovoadas.
Dentro de casa, não use telefone com fio, não fique perto de tomadas, canos, janelas e portas metálicas e não toque equipamentos ligados à rede elétrica.
Se estiver na rua, deve procurar abrigo nos seguintes lugares:
- carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis;
- em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios;
- em abrigos subterrâneos, tais como metros ou túneis;
Ao ar livre, evite segurar objetos metálicos longos (varas de pesca, tripés, tacos de golfe etc.), empinar pipas e aeromodelos com fio, andar a cavalo e ficar em contato com a água. Saiba que pequenas construções (tendas, barracos, celeiros), veículos sem cobertura e árvores oferecem risco e não protegem.
Evite também ficar no topo de morros, no alto de prédios, em áreas descampadas, em estacionamentos, próximo a cerca de arame ou embaixo de árvores isoladas.

Mitos e curiosidades sobre raios (*)

Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Não é verdade e uma prova disso é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que recebe ao menos seis descargas atmosféricas por ano. A origem desse mito está nos índios, que usam pedras atingidas por raios como amuletos, acreditando que estão protegidos contra os relâmpagos.
É perigoso ficar dentro do carro durante a chuva? Na verdade, o veículo fechado é o local mais seguro contra raios – nunca ninguém morreu no Brasil atingido por raio dessa forma. Se o carro é atingido por um raio, a descarga elétrica se espalha por sua superfície metálica, sem atingir quem está dentro dele.
Espelho atrai raios? O mito vem dos tempos em que os espelhos tinham molduras metálicas bem grossas – elas, sim, um atrativo para as descargas.
Qual é a diferença entre trovão, raio e relâmpago? Relâmpago é toda descarga elétrica emitida por uma nuvem; raio é a descarga elétrica que toca o solo. Trovão é o som produzido pela descarga elétrica.
Dá para saber a que distância caiu o raio? É possível estimar a distância em quilômetros com um cálculo simples: basta contar o tempo (em segundos) entre o momento que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três obtendo-se a distância aproximada em quilômetros.
Existem raios que não partem das nuvens? Sim, são os chamados raios ascendentes, que saem de estruturas altas (torres, prédios altos) em direção às nuvens. Correspondem a cerca de 1% dos raios. O ELAT foi o pioneiro no registro deles no Brasil, observados em torres do pico do Jaraguá na cidade de São Paulo.
Os raios são diferentes em diferentes regiões? Sim. No Brasil, os raios do Rio Grande do Sul tendem a ser mais fortes e destrutivos do que os que caem em outras partes do país.

(*) Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
 

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