Saúde reforça ações para conter disseminação do vírus da gripe
Cuidados sanitários já vigentes contra a Covid-19 também restringem disseminação do vírus da gripe.
A Secretaria de Estado da Saúde está reforçando as orientações à população para enfrentar a disseminação do vírus Influenza, causador da gripe. A principal delas, no momento, é o uso correto de máscaras, que protegem contra infecções dos vírus respiratórios, como a Influenza e Covid-19.
Para combater ambas as doenças também é fundamental lavar bem as mãos com água e sabão, uso de álcool gel para higienização, manter ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas gripadas ou resfriadas. Além disso, é importante evitar aglomerações.
O balanço acumulado até dezembro de 2021, aponta 2.031 casos e 71 óbitos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Influenza. 85% dos casos estão concentrados em novembro e dezembro.
Conforme preconiza o Ministério da Saúde, somente casos de SRAG associados ao vírus Influenza são de notificação obrigatória no Brasil. Durante o período, houve a circulação a nova cepa de Influenza denominada A (H3N2 – Darwin), identificado posteriormente à campanha anual de imunização.
Vacinação
Em abril do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde de SP promoveu a campanha de vacinação e realizou inúmeras divulgações buscando conscientizar a população com relação à importância da imunização. No total, foram imunizadas 13,1 milhões de pessoas.
A cobertura vacinal entre os grupos prioritários foi de 55,5%, com 10,1 milhões de doses aplicadas, chegando a 100% em indígenas, 72,4% em puérperas, 68,1% em crianças, 65,4% em idosos, 64,9% em trabalhadores da saúde, 62,6% nas gestantes e 44% em pessoas com comorbidades.
Uma nova campanha de vacinação está prevista para o segundo trimestre deste ano, com um imunizante produzido com os vírus em circulação no momento. As vacinas já vem sendo produzidas pelo Instituto Butantan.
Butantan orienta: Saiba como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19
A confluência da pandemia de Covid-19 com um novo surto de influenza no país pode confundir a identificação de casos, já que se tratam de duas doenças respiratórias com sintomas semelhantes.
Casos de infecção pelo H3N2, um subtipo do vírus influenza A conhecido como Darwin, se disseminou ano passado no hemisfério norte e atualmente se espalha pelo Brasil causando o aumento de hospitalizações.
Ao mesmo tempo, ainda vivemos a pandemia de Covid-19, doença cujos sintomas mudaram com o tempo, com o surgimento de novas variantes.
Para ajudar a diferenciar uma gripe de uma infecção pelo novo coronavírus, o primeiro passo é conhecer os sintomas de cada enfermidade.
Sintomas da gripe
Os sintomas clássicos da gripe sazonal são febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode ser forte e durar duas ou mais semanas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No caso do H3N2, os sintomas são os mesmos, com o potencial de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos.
“O que muda, neste caso, é que o surto é considerado fora de época e é consequência do relaxamento das medidas de proteção, como o uso de máscaras”, explica o diretor do Laboratório Multipropósito do Instituto Butantan, Renato Astray.
“O problema, deste ano, é que estávamos há dois anos usando máscara e ela protege tanto contra a influenza quanto contra o SARS-CoV-2, já que ela inibe o contato com vírus respiratórios”, diz Astray.
Sintomas da Covid-19
No início da pandemia, a OMS divulgou que os infectados apresentavam sintomas como febre, tosse seca, cansaço e perda do paladar ou do olfato. Após o surgimento das variantes, os sintomas clássicos sofreram mudanças.
À medida que a variante delta, descoberta na Índia em outubro de 2020, se espalhava pelo planeta, os sintomas mais comuns da doença passaram a ser febre, tosse persistente, coriza, espirros e dor de cabeça e garganta. Características semelhantes à gripe sazonal. A perda de paladar e de olfato deixou de ser relatada.
Já as infecções pela variante ômicron, descoberta na África do sul em novembro, demonstraram outro padrão sintomático, segundo a médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul. Segundo a médica, pacientes infectados pela ômicron apresentavam sintomas como dores pelo corpo, dor de cabeça, dor de garganta e, sobretudo, um cansaço extremo que ela não via nos que contraíram a delta. (Fonte: Instituto Butantan)