Saúde

São Paulo tem maior número de acidentes com escorpiões em 30 anos

Mais de 30 mil pessoas foram picadas no ano passado em todo o Estado de São Paulo; 13 morreram.

Por: Agência Brasil atualizado: 18 de maro de 2019 | 16h07
Nos primeiros dois meses deste ano, 4.025 casos já foram contabilizados no estado, incluindo dois óbitos (Ilustração). Nos primeiros dois meses deste ano, 4.025 casos já foram contabilizados no estado, incluindo dois óbitos (Ilustração).

O estado de São Paulo registrou, no ano passado, o maior número de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos – um total de 30.707 casos, além de 13 mortes. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica mostram que a curva de notificações mantém-se em ascensão desde 2012. Nos primeiros dois meses deste ano, 4.025 casos já haviam sido contabilizados no estado, incluindo dois óbitos.

Em janeiro, o Ministério da Saúde alertou que o período do verão, de dezembro a março, exige mais cuidado em relação aos acidentes com escorpiões, já que o clima úmido e quente é ideal para o aparecimento desse tipo de animal, que se abriga em esgotos e entulhos.

De acordo com o ministério, os escorpiões que habitam o meio urbano alimentam-se principalmente de baratas e são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo.

Prevenção

Para evitar a entrada de escorpiões em casas e apartamentos, recomenda-se usar telas em ralos de chão, pias e tanques, vedar frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Outras medidas são afastar camas e berços das paredes e examinar roupas e calçados antes de usá-los.

Em áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais livres de entulho, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar o aparecimento de baratas, que servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões. (Continua após a publicidade...)

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Em casas que têm gramado, este deve ser mantido aparado. Também não se deve pôr a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro durante atividades que representem risco, como manusear entulho e material de construção, e em trabalhos de jardinagem.

Nas áreas rurais, além de todas essas medidas, o Ministério da Saúde alerta que é essencial preservar os chamados inimigos naturais dos escorpiões, como lagartos, sapos e aves de hábitos noturnos, como a coruja.

Não se recomenda, porém, o uso de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Os produtos, além de não terem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que estes deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes, alerta o Ministério da Saúde.

O que fazer

Em caso de acidente com escorpião, a orientação da pasta é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo e, se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente.

A pasta alerta que nem todo caso de acidente desse tipo tem indicação para uso do soro – casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total.

O soro é indicado em casos moderados ou graves. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.

 

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