Mesmo em meio à pandemia, HR de Prudente bate recorde anual de captações de órgãos
Foram 26 captações registradas somente em 2020 na unidade. A mais recente, nesta segunda-feira (23).
Movidos pelo sentimento de solidariedade, os familiares de uma mulher de 35 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), autorizaram a captação de órgãos da paciente na manhã desta segunda-feira (23). É o 26º procedimento do ano, realizado pelo Hospital Regional de Presidente Prudente ‘Dr. Domingos Leonardo Cerávolo’, ultrapassando o recorde anual de 25 captações alcançado em 2015.
A doadora esteve internada na unidade desde o dia 11 de novembro e, devido à gravidade do seu quadro clínico, evoluiu para a morte encefálica no sábado (21). Entre os órgãos captados no procedimento, estão os rins que foram para Marília, córneas para Presidente Prudente, coração para Botucatu e fígado para São José do Rio Preto.
Conforme Janaine Fernanda dos Santos, enfermeira responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos e Transplantes (CIHDOTT), mais uma vez o trabalho do HR foi integrado ao da Central Estadual de Transplantes (CET) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO).
“Apesar de estarmos em meio à pandemia da Covid-19 e ser um momento de dor e perda para os familiares, nós temos a CIHDOTT que identifica os potenciais doadores. Este recorde é o reflexo do trabalho minucioso que envolve além de realização de exames, a abordagem sensível com a família e a movimentação da nossa equipe médica e assistencial. Somos muito gratos diante deste gesto nobre, no qual a família mesmo diante do sofrimento, se disponibilizou a fazer essa doação”, afirma.
Em números, o HR realizou 26 captações de janeiro a novembro de 2020, sendo 7 corações, 8 pulmões, 16 fígados, 34 rins, 28 córneas e 1 pâncreas. Já no mesmo período do ano passado, foram realizadas dez captações. (Continua após a publicidade...)
Como ser um doador de órgãos
Todas as pessoas podem ser doadoras de órgãos. Para isso, basta ter boas condições clínicas de saúde. No Brasil, a legislação não obriga que se realize uma declaração documental ou insira em documentos de identidade a informação de que se deseja ser doador de órgãos. Apenas converse com seus familiares e informe sobre o desejo de ser doador.