Adamantina já registra 440 casos de dengue neste ano
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, se reproduz em locais com água parada.
Em Adamantina, segundo levantamento realizado nesta semana pelo Siga Mais junto aos órgãos de saúde, a cidade contabiliza 440 casos positivos de dengue, neste ano. Em 2019 o saldo total foi de 2.731 casos de dengue na cidade. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em ambientes com água parada.
Em Dracena, neste mês de março, duas pessoas morreram por causas relacionadas à dengue (reveja). O primeiro paciente era um aposentado de 83 anos, morador do Centro, e faleceu no dia 12 de março. O outro homem também era aposentado, tinha 78 anos, residia na Vila Barros e veio a óbito na segunda-feira, dia 16. Já em Paulicéia, também na região de Dracena, um mulher de 82 anos morreu em decorrência da doença (reveja).
Quais são os sintomas da dengue?
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). (Continua após a publicidade...)
Como prevenir a dengue?
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Recentemente, neste mês de março, a Prefeitura de Adamantina realizou duas operações forçadas, se amparando em decisão judicial e com apoio da Polícia Militar, para eliminação de criadouros. Uma delas foi em uma estrada de terras, nas proximidades do Lar dos Velhos (reveja), e outra no Jardim Brasil (reveja).
Multa
Com base na Lei Municipal N° 3.870, de 8 de fevereiro de 2019, os proprietários de imóveis que possibilitem a proliferação do mosquito Aedes aegypti no município de Adamantina podem receber multas, com valores iniciais de 50 UFM, equivalente a R$ 182. Na reincidência o valor da multa sobe para 100 UFM – equivalente a R$ 364 – e pode chegar a 200 UFM – equivalente a R$ 728.
O proprietário e ou ocupante do imóvel também poderá receber uma multa caso impeça o agente de fiscalização entrar na residência. A sanção se aplica também aos imóveis fechados, abandonados.
Questionado pelos vereadores Acácio Rocha e Alcio Ikeda em fevereiro, por meio do Requerimento Nº 008/2020, a Prefeitura de Adamantina informou, em resposta, que durante todo o ano de 2019 foram lavrados 15 autos de infração e imposição de penalidades, decorrente de infração à lei municipal.