Polícia

Operação interestadual que investiga adulteração de caminhões cumpre mandados em Adamantina

Somente um dos líderes da organização criminosa faturou mais de R$ 50 milhões.

Por: Da Redação atualizado: 5 de novembro de 2020 | 11h04
Esquema adulterava caminhões com instalação de quarto eixo. Grupo forjava documentos, alegava patentes que autorizariam alterações e havia ainda participação de servidores públicos (Cedida/Polícia Civil). Esquema adulterava caminhões com instalação de quarto eixo. Grupo forjava documentos, alegava patentes que autorizariam alterações e havia ainda participação de servidores públicos (Cedida/Polícia Civil).

Após trabalho investigativo de mais de um ano, a Polícia Civil de São Paulo deflagra nesta quarta-feira (4) a “Operação Transformers”. Trata-se de investigação policial que apurou a atuação de organização criminosa e de seus respectivos membros em fraudes consistentes na instalação de quarto eixo em semirreboques, visando proporcionar maior capacidade de carga a ser transportada.

De acordo com a Polícia Civil, a operação foi deflagrada na manhã de hoje pelo Deinter 8 de Presidente Prudente e Delegacia Seccional de Adamantina, nos Estados de São Paulo e Paraná, ocasião em que serão cumpridos sete m andados de prisões preventivas e 33 mandados de buscas em residências e endereços comerciais de investigados.

A operação mobiliza um efetivo de 113 policiais civis, sendo 93 operacionais e 20 delegados de polícia e dois promotores de justiça, contando ainda com o apoio dos policiais civis das regiões em que as medidas cautelares estão cumpridas.

Policiais civis cumprem medidas cautelares de prisões, buscas e sequestros de bens em Adamantina, Regente Feijó, Irapuru, Pacaembu, Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo, Campinas, Hortolândia, São Paulo, Itatiba, Mairiporã, Franco da Rocha e Arapongas-PR.

As investigações apontam que somente um dos líderes da organização criminosa faturou mais de R$ 50 milhões. Novas informações atualizadas serão divulgadas pela Polícia Civil durante o dia, no andamento da operação. (Continua após a publicidade...)

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O esquema

Segundo a Polícia Civil, a legislação de trânsito proíbe tal modificação, principalmente em razão dos riscos viários gerados. Isto porque não há garantias da manutenção das condições de segurança do conjunto com o semirreboque modificado para quatro eixos, bem como não há garantias de que o patrimônio público (rodovias) não será danificado. Conforme parecer técnico do CONTRAN, concluiu-se que em tal modificação existe também a possibilidade de acidentes.

Assim, durante a investigação, a Polícia Civil apurou que que tal alteração, apesar                     de ilegal, é realizada, sendo que os caminhões modificados passam por vistoria técnica em instituição técnica licenciada acreditada no INMETRO, também envolvida na sofisticada engrenagem.

A Polícia Civil revela que para emissão dos documentos relativos à inclusão do quarto eixo foram utilizados diversos artifícios criminosos pelos envolvidos, entre eles, a alegação da existência de patente que justificaria tal modificação, emissão de autorização prévia com descrição apenas de suspensão/inclusão ou exclusão de eixo veicular auxiliar, eixo direcional ou eixo auto direcional, portanto sem qualquer menção à inclusão de quarto eixo, além da ampla utilização de endereços fraudulentos para transferências dos semirreboques.

Além disto, de acordo com as investigações, servidores públicos realizaram alterações nos sistemas informatizados para inclusão de tal configuração em desrespeito à legislação de trânsito e a orientações superiores.

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