Polícia

Feminicídio: homem é condenado a pena de 18 anos em Osvaldo Cruz

Edmir Moreira da Silva matou a facadas a ex-mulher, Márcia Aparecida de Souza Silva.

Por: Acally Toledo | Portal FM Metrópole atualizado: 30 de maio de 2019 | 10h24
Márcia Aparecida de Souza Silva (acima) foi morta a facadas pelo seu ex-marido, Edmir Moreira da Silva, com 15 golpes de faca (Reprodução). Márcia Aparecida de Souza Silva (acima) foi morta a facadas pelo seu ex-marido, Edmir Moreira da Silva, com 15 golpes de faca (Reprodução).

Na última sexta-feira (27), aconteceu no Fórum da Comarca de Osvaldo Cruz, o Tribunal do Júri que julgou um caso de feminicídio ocorrido na cidade no ano de 2017.

No dia 31 de julho de 2017 a Polícia registrou um caso de crime de feminicídio em Osvaldo Cruz. Márcia Aparecida de Souza Silva foi morta a facadas pelo seu ex-marido, Edmir Moreira da Silva, na Rua do Futuro na Vila Esperança. Eles foram casados por 29 anos e já não viviam juntos (relembre  caso).

Depois de um desentendimento entre as partes, o autor desferiu pelo menos 15 golpes de faca contra a vítima. A mulher chegou a ser socorrida pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros até a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A vítima tinha uma medida protetiva determinada pelo Poder Judiciário, desde abril de 2017, que proibia o ex-marido de se aproximar a menos de 50 metros e de manter qualquer tipo de contato com a mulher. Porém, houve o descumprimento da medida e o desfecho trágico. (Continua após a publicidade...)

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O tribunal do Júri contou com 24 jurados, que julgaram o réu como culpado e o Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Osvaldo Cruz, Dr. André Gustavo Livonesi, fixou a pena em 18 anos de reclusão. Por conta do agravante de violência contra a mulher, houve aumento de 1/5 da pena, sendo fixados 21 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão, mas como o réu é confesso, a pena foi reduzida em 1/6 o que totaliza 18 anos regime fechado.

A Dra. Rita de Cassia Gea Sanches, delegada substituta da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Osvaldo Cruz, falou com a reportagem do Portal Metrópole de Notícias sobre este caso. "A condenação imposta pelo Tribunal do Júri e a pena imposta neste caso do feminicídio vem de encontro dos anseios da sociedade, que hoje não tolera esses casos de abusos e homicídio praticados contra a mulher na condição de mulher, ou seja, a violência de gênero. Gostaria de parabenizar também trabalho de precisão cirúrgica da Polícia Civil, na época, com a prisão do autor e o desenrolar do inquérito policial que culminou na sentença proferida", disse.

A delegada da DDM de Osvaldo Cruz aproveitou a oportunidade e fez um apelo para que as mulheres que sofrem algum tipo de abuso, que procurem a Delegacia da Mulher. "Quero aproveitar e convocar, estimular mulheres que são vítimas de abuso, violência doméstica, sexual ou de gênero, que procure a Delegacia da Mulher e faça a denúncia. Só desta maneira nós vamos conseguir efetivamente impor a pena ao caso concreto", finalizou.

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