Polícia

Cinco estudantes de medicina presos sob acusação de tráfico de drogas estão em liberdade

Em liberdade, grupo continua a responder ao processo, que tramita no Fórum de Adamantina.

Por: Da Redação atualizado: 22 de maio de 2019 | 22h24
CDP de Pacaembu, onde estavam os rapazes presos (Foto: Divulgação/GovernoSP). CDP de Pacaembu, onde estavam os rapazes presos (Foto: Divulgação/GovernoSP).

Por decisões de instâncias superiores do Poder Judiciário, estão soltos os últimos três estudantes de medicina que fazem parte do grupo de cinco colegas do mesmo curso, presos em flagrante pela Polícia Civil de Adamantina, em 10 de maio passado, sob acusação de tráfico de drogas (reveja), e que ainda permaneciam detidos. As novas decisões superiores revogam as prisões preventivas determinadas pelo Poder Judiciário de Adamantina, logo após a ação policial.

Dos três estudantes, dois rapazes estavam recolhidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pacaembu e uma moça na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

Na semana passada foram concedidos dois habeas-corpus (HC), sendo um por desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e outro por ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 17 de maio o SIGA MAIS adiantou a tendência de que a defesa dos três estudantes que ainda estavam detidos buscaria a extensão dessas decisões aos demais (reveja), o que se consolidou. Agora, todo o grupo irá responder ao processo em liberdade, que continua tramitando no Fórum de Adamantina. (Continua após a publicidade...)

Publicidade

Supermercado Godoy

Publicidade

JVR Segurança
Rede Sete Supermercado
 Relembre o caso

A prisão dos estudantes se deu no âmbito da “Operação Alquimista”, desenvolvida pela Polícia Civil de Adamantina com foco no combate ao tráfico de drogas, em especial sobre substâncias sintéticas. Os policiais apuraram que durante algumas festas de universitários e outras abertas ao público em geral, eram comercializadas drogas sintéticas trazidas por alguns estudantes de medicina que abasteciam os usuários.

Durante a investigação foram levantados informes de que os suspeitos levariam drogas para serem comercializadas em uma festa eletrônica, na cidade. Foi identificada pelos policiais a pessoa que teria comprimidos de ecstasy para distribuição.

Assim, na tarde da última sexta-feira (10), buscas domiciliares foram cumpridas e nove estudantes detidos, dos quais, quatro foram presos em flagrante pela prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo dois homens e duas mulheres, em poder dos quais encontrou-se drogas sintéticas como LSD, ecstasy, MD e maconha.

Drogas, dinheiro e celulares, além de um carro, foram apreendidos pela Polícia Civil em Adamantina, com estudantes (Foto: Cedida/Polícia Civil).

Outro estudante, rapaz, também foi preso por tráfico de drogas, apreendendo-se maconha em sua residência, mas sem conexão atual com os quatro primeiros, sendo que os demais quatro estudantes detidos foram autuados pela prática de porte de drogas e liberados conforme dispõe a legislação em vigor, pois possuíam drogas para consumo próprio.

Geladeira foi adaptada e transformada em estufa para o cultivo de maconha (Foto: Cedida/Polícia Civil). 

Na residência de dois dos presos, também foram encontradas estufas adaptadas para o cultivo de maconha. As estufas tinham mecanismo de iluminação, ventilação e troca de ar.

Estufa adaptada que era utilizada pelos estudantes para o cultivo de maconha (Foto: Cedida/Polícia Civil)

No total da operação, segundo a Polícia Civil, foram apreendidas 370 gramas de maconha, uma pequena porção de Haxixe, uma porção com cristais de MD, 2 quadriculados de LSD, 62 comprimidos de ecstasy, além de outros objetos próprios para o tráfico e consumo de drogas, e um veículo utilizado para o transporte das drogas.

Penas podem chegar a 15 anos

Com base na Lei Nº 11.343/06 (Lei de Tóxicos), de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), os cinco estudantes presos com drogas sintéticas e maconha podem ter penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão (reveja).

Segundo define o artigo 33 da Lei de Tóxicos, “caberá pena de reclusão de 5 a 15 anos “para quem importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

Quanto a pena de reclusão, a mesma é tratada no artigo 33 do Código Penal, o qual define que a esta pena será cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A decisão sobre a condenação, considerando o período de reclusão e o regime é do Poder Judiciário, após a interpretação das provas materiais, o depoimento de testemunhas e dos próprios acusados, que terão no processo o espaço para promoverem a própria defesa.

UniFAI se manifesta

Em nota solicitada pelo SIGA MAIS, o Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) comunica que aguardará a conclusão do inquérito policial que apura os fatos envolvem os estudantes, matriculados na instituição. “UniFAI manifestará a sua decisão sobre o caso somente após a conclusão do inquérito policial, visto que os fatos não ocorreram nas dependências do Centro Universitário”, informa a nota.

Publicidade

Shiba Sushi Adamantina
Cóz Jeans
P&G Telecomunicações

Publicidade

Insta do Siga Mais