Mariápolis

Por meio de cooperativa de catadores, Mariápolis inicia coleta seletiva de lixo reciclável

Programa de coleta seletiva sai do papel e ganha as ruas de Mariápolis.

Por: Da Redação atualizado: 18 de maio de 2023 | 16h25
Cooperados iniciam a coleta seletiva em Mariápolis (Divulgação/MIC Consultoria). Cooperados iniciam a coleta seletiva em Mariápolis (Divulgação/MIC Consultoria).

Foi iniciada nesta terça-feira (16) a coleta seletiva de lixos recicláveis em Mariápolis. Após um conjunto de investimentos realizados pelo poder público municipal, determinados pelo prefeito Ricardo Watanabe, a partir de convênio de compensação ambiental – aplicados em infraestrutura, equipamentos, capacitação, treinamento, sensibilização comunitária e formalização cooperativista – foi fundada a Cooper Nossa, com moradores locais. Algum já atuavam informalmente com coleta de recicláveis e outros foram mapeados a partir dos programas da área da assistência social realizados no município.

Prefeito Ricardo Watanabe e grupo de cooperadas (Divulgação).

A coleta seletiva teve início pela manhã de hoje e já permitiu os primeiros volumes de recicláveis. Os cooperados percorrem as ruas e fazem a coleta e têm o apoio de um trator com carreta, da frota municipal. O destino é o barracão da reciclagem, que abriga a estrutura de triagem e seleção desses materiais.

Cooperados iniciam a coleta seletiva em Mariápolis (Divulgação/MIC Consultoria).

Após recolhidos, esses materiais serão separados pelos cooperados de acordo com cada tipo (papel, papelão, metal, alumínio, vidro, plástico e outros) e posteriormente comercializados pela cooperativa. O resultado financeiro, da venda, será compartilhado entre os cooperados.

As últimas etapas que antecederam o início da coleta seletiva ocorreram recentemente com a distribuição de sacos retornáveis aos moradores, acompanhados de panfleto com orientações sobre a coleta seletiva, e um corpo a corpo dos cooperados, casa a casa, tirando dúvidas e prestando esclarecimentos aos moradores, como mostrou o SIGA MAIS semana passada.

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A iniciativa do poder público municipal de Mariápolis em organizar um grupo de catadores de recicláveis e estrutura-los em forma de cooperativa ocorreu no segundo semestre do ano passado. Foram diferentes ações, de sensibilização ambiental, organizacional e empreendedora, até a formalização da cooperativa, que ganhou e personalidade jurídica.

Cooperados iniciam a coleta seletiva em Mariápolis (Divulgação/MIC Consultoria).

O barracão que abriga a operação da Cooper Nossa já estava pronto e foi formalizada sua utilização pela cooperativa. Com a sensibilização foram realizadas diferentes atividades de formação, para os cooperados. Em paralelo, a Prefeitura de Mariápolis também atuou na aquisição dos equipamentos para o processamento dos recicláveis.

Saiba mais

A cooperativa foi formada a partir do público atendido pelos programas sociais da área da assistência social, por meio do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), sendo possível identificar moradores em situação de vulnerabilidade – alguns deles já atuando informalmente como catadores de recicláveis – e propor o projeto. Houve a adesão e encaminhados todos os procedimentos, em diferentes áreas, permitindo chegar, hoje, a uma condição que habilita o início da coleta seletiva na cidade.

As ações de formação dos cooperados mobilizaram diretamente a secretária municipal de assistência social, Maria Eduarda Penha, e o consultor Milton Idie. Ele é o técnico da empresa vencedora de licitação pública que desde o semestre passado atua com o grupo.

Cooperados iniciam a coleta seletiva em Mariápolis (Divulgação/MIC Consultoria).

Todo o programa e estrutura utilizam recursos financeiros obtidos por Mariápolis a partir de verbas oriundas das medidas de compensação ambiental pagas pela CESP (Companhia Energética de São Paulo), a título de indenização, pelos reflexos gerados à bacia do Rio Paraná em razão da construção e funcionamento da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, em Porto Primavera. O represamento dos mananciais para formação do reservatório da usina regou impactos ambientais para toda a região. Um TAC firmado pela CESP junto ao Ministério Público Federal em Presidente Prudente permitiu reunir os recursos e contemplar projetos na região.

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