Geral

Governo de SP publica edital de leilão para concessão de 22 aeroportos regionais

Na lista estão os aeroportos de Tupã, Dracena, Presidente Prudente, Marília e Araçatuba.

Por: Da Redação atualizado: 16 de abril de 2021 | 11h58
De acordo com o governo estadual, os 22 aeroportos estão divididos em dois lotes (Imagem de Annca Pictures por Pixabay). De acordo com o governo estadual, os 22 aeroportos estão divididos em dois lotes (Imagem de Annca Pictures por Pixabay).

Foi publicado nesta quinta-feira (15), no Diário Oficial, o edital de concorrência internacional para leilão da concessão dos 22 aeroportos regionais, atualmente administrados pelo governo do estado de São Paulo, com previsão de mais de R$ 447 milhões de investimento por parte da iniciativa privada.

Os aeroportos estão divididos em dois blocos - Noroeste e Sudeste - e a concessão terá prazo de 30 anos. A documentação completa da concessão está disponível no site da ARTESP (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).

De acordo com o governo estadual, os 22 aeroportos estão divididos em dois lotes. Juntos, movimentam atualmente 2,4 milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques.

Dos 22, seis já contam com serviços de aviação comercial regular e 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão.

O governo estadual diz que estimativas técnicas apontam crescimento significativo dessa movimentação, considerando a realização de investimentos e o fomento à aviação regional, com mais de 8 milhões de passageiros por ano ao longo dos 30 anos de contrato de concessão.  

(Reprodução/Artesp).

A outorga mínima prevista para o Bloco Noroeste é de R$ 6,8 milhões e para o Bloco Sudeste é de R$ 13,2 milhões. O leilão está previsto para ser realizado na sede da B3, em São Paulo, em 15 de julho de 2021. 

Grupo Noroeste | Esse lote é composto por 11 unidades, encabeçada por São José do Rio Preto, além dos aeroportos comerciais de Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, bem como dos aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina, Presidente Epitácio. 

No total, estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$ 62,3 milhões.  

Grupo Sudeste | O lote é composto por 11 unidades, cuja principal é a de Ribeirão Preto, além de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.  

No total, estão previstos R$ 266,5 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$ 75,5 milhões.  

Vence quem apresentar a maior oferta de outorga fixa

A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual, que está atualmente sob gestão e operação do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). A ARTESP passa a ser agência reguladora do contrato de concessão. 

“Mesmo em pandemia, a agência reguladora, com apoio de toda a equipe do Governo do Estado e de consultoria internacional especializada, contratada com apoio do BID, conduziu o projeto com transparência e lisura, cumprindo todas as etapas do processo com a realização de audiência pública virtual e conclusão de consulta pública de forma exemplar. A ARTESP exerce papel exitoso e reconhecido na regulação do Programa de Concessão Rodoviárias e, agora, se fortalecerá também na atuação efetiva na área aeroportuária”, afirma Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.   

Para a formatação da modelagem do projeto, o governo do Estado também levou em consideração as 252 contribuições recebidas de autoridades públicas, empresas e investidores, representantes da sociedade civil e associações de classe durante o período de consulta pública, aberta entre 20 de abril a 26 de maio de 2020. Com caráter de concorrência internacional e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos. 

Serão vencedores de cada um dos lotes os concorrentes que apresentarem a maior oferta de outorga fixa. O concessionário vencedor deve fazer investimentos obrigatórios nos aeroportos já na primeira fase da concessão, nos primeiros quatro anos. Os demais investimentos na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do período contratual.  

 Poderão participar da licitação empresas nacionais ou estrangeiras, consórcios, instituições financeiras e fundos de investimentos. E, além de apresentar a maior proposta de outorga fixa, o vencedor terá de comprovar qualificação técnica em gestão aeroportuária, seja da própria empresa ou consórcio, ou de pessoas de sua equipe ou mesmo por meio de subcontratação qualificada.  (Continua após a publicidade...)

Publicidade

Supermercado Godoy

Publicidade

Rede Sete Supermercado
JVR Segurança

Aspectos ambientais 

O estudo do projeto considerou diferentes aspectos ambientais e há previsão de ações para regularização e licenciamento ambiental de todos os aeroportos de forma individualizada, buscando mitigar quaisquer riscos socioambientais. Há documentação específica detalhando todas as medidas a serem tomadas pela concessionária.  

A aposta do governo de SP

Além do fomento ao desenvolvimento da aviação regional, uma das grandes vantagens da concessão dos aeroportos à iniciativa privada, citada pelo governo paulista, é a desoneração do estado aliada à realização de investimentos nos ativos aeroportuários, com expectativa de melhorar a qualidade dos serviços disponíveis à população paulista, assim como incentivar o desenvolvimento da economia ligada ao setor.  “A aviação regional é grande indutora de desenvolvimento econômico. Com os investimentos da iniciativa privada, com aeroportos oferecendo melhores serviços, induzimos novos negócios em logística com centros de distribuição, rede hoteleira e outros ativos imobiliários que se incorporam à economia da região”, disse o vice-governador Rodrigo Garcia. “O projeto de concessão dos aeroportos terá grande relevância com a retomada da economia. Trará expressivos investimentos para cada uma das unidades e desenvolvimento para as regiões e o Estado”, afirma o secretário de Logística e Transporte, João Octaviano Neto.  

Publicidade

Daiane Mazarin Estética

Publicidade

Shiba Sushi Adamantina
Cóz Jeans
P&G Telecomunicações

Publicidade

Insta do Siga Mais