Cidades

Convocado por vereador, reitor da UniFAI participa de reunião aberta na Câmara Municipal

Reitor da UniFAI e coordenação do curso de medicina esclarecem pontos sobre o curso de medicina.

Por: Da Redação atualizado: 17 de dezembro de 2018 | 11h14
Reitor e coordenação do curso de medicina da UniFAI dão explicações sobre o curso, atendendo convocação feita pelo vereador Alcio Ikeda (Fotos: Da Assessoria). Reitor e coordenação do curso de medicina da UniFAI dão explicações sobre o curso, atendendo convocação feita pelo vereador Alcio Ikeda (Fotos: Da Assessoria).

O reitor do Centro Universitário de Adamantina UnIFAI, Prof. Dr. Paulo Sergio da Silva, participou na manhã desta quinta-feira (13) de uma reunião aberta no plenário da Câmara Municipal, em atendimento à convocação realizada pelo vereador Alcio Ikeda, conforme Requerimento Nº 283/18, aprovado em plenário no dia 19 de novembro. Na convocação, o vereador destaca aspectos ligados curso de medicina da UniFAI e cobra explicações.

Além do reitor e do vereador autor da convocação, participaram da reunião pública o presidente da Câmara, vereador Aguinaldo Galvão, e os vereadores Acácio Rocha, Dinha Gil e João Davoli. O reitor participou acompanhado do coordenador do curso de medicina, Prof. Dr. Miguel Ângelo De Marchi e a Profa. Dra. Maria Stella de Mello Ayres Putinatti.

Na plateia, um grupo de alunos do curso de medicina e pais de alunos acompanhou e participou das discussões. Os pais estão formando uma Associação, para representa-los, bem como acompanhar a evolução do curso. Os pais também se colocaram à disposição para a consolidação do curso de medicina da instituição.

Duas horas de reunião

O encontro começou 9h30 e durou duas horas. A maior parte do tempo foi dedicada às questões relacionadas ao internato do curso de medicina, com esclarecimentos sobre aspectos legais, requisitos e estrutura necessária ao atendimento dos alunos. Esse tema foi o centro de discussões públicas ao longo do último mês, depois das manifestações realizadas pelos estudantes, cobrando clareza quanto ao internato (reveja).

A situação foi resolvida com a decisão pela realização do internato em Araçatuba, o que vai ocorrer a partir de janeiro de 2020, na Santa Casa daquela cidade, bem como na rede de atenção básica em Adamantina. Foi explicado que 70% da carga de internato deve ser em unidade hospitalar os 30% restantes na atenção básica.

Segundo relevou o reitor, a assinatura do convênio entre a UnIFAI e a Santa Casa de Araçatuba deve ocorrer na próxima segunda feira, o que prevê o repasse de R$ 2.900,00 por aluno, ao hospital. A lei autorizativa foi aprovada pela Câmara Municipal local. O legislativo adamantinense aprovou também autorização para que a UniFAI possa promover obras de ampliação da UTI da Santa Casa de Adamantina, também para atender ao internato e outras necessidades do curso. 

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A rede básica da cidade também está sendo estruturada para receber os alunos, nas unidades básicas de saúde e no futuro Centro Integrado de Saúde, que deve entrar em funcionamento no próximo semestre, no prédio originalmente destinado à UPA. O espaço está recebendo melhorias, para que seja colocado em funcionamento. A UnIFAI abrirá atendimento ambulatorial no espaço em cerca de 10 especialidades, o que envolverá curso de medicina.

 O coordenador do curso respondeu também sobre a decisão por Araçatuba. Ele expôs que a Santa Casa daquela cidade vai receber os 66 alunos da primeira turma do curso, em 2020, e se comprometeu a receber parte da segunda turma. Esse cenário, segundo relevou, exigirá a identificação de outro hospital, partindo-se dos mais próximos, como o HR de Presidente Prudente, o HC de Marília e a Santa Casa de São Carlos, bem como a rede de hospitais administrada pelos freis que fazem a gestão do HR de Prudente e a Santa Casa de Adamantina.

Estrutura do curso

Com as questões do internato esclarecidas, outros temas foram abordados na reunião, como a rotatividade do corpo docente – em razão das contratações por processo seletivo. Em resposta, o reitor expôs que a UniFAI tem realizado concursos, porém a participação de professores médicos doutores não tem sido suficiente para preencher as vagas. Em paralelo, segundo o coordenador, 90% das disciplinas básicas do curso, atualmente, são aplicadas por professores doutores.

Sobre as obras do bloco 5 no campus 2 - onde vai ser centralizada a estrutura do curso de medicina e que estão paralisadas por falhas no projeto de engenharia e pela rescisão do contrato com a empresa licitada – o reitor explicou que foi concluída a auditoria da obra, já submetida ao Tribunal de Contas, e que deve publicar o edital de licitação no próximo mês.

Foi questionado também sobre a baixa participação de candidatos ao vestibular do curso de medicina.  Segundo números obtidos pelo vereador Alcio Ikeda, o vestibular teve cerca de 1200 inscritos, dos quais 415 pagaram a taxa de inscrição e 289 realizaram a prova.
E resposta a esse ponto, o reitor destacou fatores externos, como as novas exigências do MEC que fizeram as instituições recuarem na oferta do FIES, abertura de outros cursos na região, a coincidência de vestibulares de outras instituições mais tradicionais na mesma data e a realidade econômica. O reitor não considerou as questões internas e incertezas, sobretudo em relação ao internato do curso, que se deflagraram publicamente no mês de novembro, e foi cobrado pelo vereador Acácio Rocha para que a instituição promova uma autocrítica mais aprofundada sobre esse aspecto.

Ainda sobre o vestibular, o reitor destacou que será necessário discutir as estratégicas de comunicação até então adotadas e sinalizou a possibilidade de realizar um segundo vestibular para o curso de medicina, no início do ano, e/ou um novo vestibular para ingresso no segundo semestre.

Reconhecimento do curso e credibilidade

O coordenador do curso expôs também sobre os aspectos centrais que também devem pautar os próximos meses, no que se refere ao processo de reconhecimento do curso. Ele explicou que o projeto pedagógico do curso é bem estruturado, quando ao seu conteúdo, mas nos aspectos técnicos mais específicos será necessário fazer sua reinscrição junto ao Conselho Estadual de Educação (CEE), sobretudo em razão da Resolução CNE/CES Nº e, de 20 de Junho de 2014.

Nessa reinscrição, segundo o Prof. Dr. Miguel Ângelo De Marchi, será necessário reescrever as ementas de algumas disciplinas, que foram desmembradas, bem como criadas outras. “Tudo isso sem prejuízo aos estudantes. São adequações redistribuição dentro do programa do curso”, assegura.

Nesses desafios, e no estágio em que o curso se encontra, o coordenador destacou que é imprescindível promover a credibilidade do curso. “A credibilidade está na formação básica e na formação especializada oferecida aos estudantes”, disse. “Sobre a formação especializada [internato] isso não estava de todo resolvido”, considerou.

Os representantes dos pais reivindicaram também algum mecanismo de financiamento e/ou bolsas, para os alunos, e destacaram que a Associação de Pais, que está sendo formada, quer acompanhar a evolução e consolidação do curso, cobrar e também contribuir. “Não tenham a associação como inimiga”, declarou um representante.

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