Ensino

Retomada: decisão de enviar os estudantes às aulas presenciais é dos pais

Siga Mais ouviu especialistas, que orientam os pais.

Por: Da Redação atualizado: 20 de abril de 2021 | 18h02
Volta às aulas nas redes estadual e privada está autorizada para ocorrer a partir desta segunda-feira (19), para as escolas de Adamantina (Foto: Seduc/SP). Volta às aulas nas redes estadual e privada está autorizada para ocorrer a partir desta segunda-feira (19), para as escolas de Adamantina (Foto: Seduc/SP).

Na última sexta-feira (16) a Prefeitura de Adamantina emitiu comunicado à imprensa, também publicado em seu site, informando que fica autorizada a abertura das escolas privadas e das escolas estaduais, no município, o que passa a vigorar a partir desta semana. Já as atividades na rede municipal de ensino, segundo definiu o poder público municipal, continuam com aulas remotas até o dia 14 de maio.

A medida divulgada pela Prefeitura de Adamantina foi tomada após o anúncio do Governo de São Paulo sobre a fase de transição, que autorizou a reabertura do comércio, igrejas e serviços, de forma gradual. Na cidade, segundo a nota da Prefeitura de Adamantina, tanto as escolas privadas quanto as escolas estaduais devem respeitar todos os protocolos sanitários bem como a ocupação máxima de 30% em cada sala de aula.

A divulgação da decisão gerou críticas e dúvidas entre pais, publicadas nas redes sociais. Entre os apontamentos críticos, muitos relatos mostram pais inseguros em encaminhar seus filhos às escolas, em razão do cenário da pandemia. Em relação a dúvidas, outros questionaram se seria obrigatório o envio dos estudantes às atividades presenciais, nas salas de aula, ou é facultativo.

Decisão de enviar os estudantes às aulas presenciais é dos pais

Neste sábado (17) o SIGA MAIS ouviu o secretário municipal de educação, Osvaldo José, e o supervisor de ensino Hélio José dos Santos, da Diretoria Regional de Ensino de Adamantina. “Os alunos não são  obrigados a ir nesse momento e podem continuar fazendo as atividades em casa”, afirmou o gestor municipal, Osvaldo José.

Essa afirmação também foi dada pelo supervisor de ensino. “As escolas estaduais de Adamantina retornarão com aulas presencias durante esta semana, após os pais serem informados pelas escolas. A presença dos alunos não é obrigatória. Os pais tem opção de manter os filhos apenas com aulas remotas”, disse Hélio Santos.

Em relação às escolas particulares, a orientação é a mesma. “O retorno será sempre opcional enquanto estivemos nas fases mais críticas da pandemia”, esclareceu o supervisor de ensino. Atualmente, mesmo considerando a fase de transição anunciada pelo governo paulista, a cidade e região estão na fase vermelha do Plano São Paulo.

Hélio acredita que dificilmente o retorno começará de forma efetiva na segunda-feira, nessas escolas, o que tende a ser gradual, durante a semana, já que o comunicado da Prefeitura ocorreu na tarde de sexta-feira e as unidades de ensino precisam se organizar e planejar esse retorno durante a semana.

Os pais devem acompanhar as mensagens, comunicados e orientações enviados pelas escolas.

Rede estadual: prioridades para retomada presencial e conteúdos no centro de mídias

Segundo divulga o site da Secretaria Estadual de Educação (Seduc/SP), os alunos matriculados na rede estadual que optarem por não participar das aulas presenciais devem acompanhar os conteúdos no formato remoto, pelo Centro de Mídias SP, via aplicativo, com dados de internet patrocinados, ou pela TV Educação e TV Univesp e também os encontros online dos professores das escolas.

O órgão também orienta sobre o foco da retomada das aulas presencias na rede estadual, nesta etapa inicial. “A recomendação é de que sejam priorizados nas atividades presenciais nas escolas estaduais os alunos com severa defasagem de aprendizado; dificuldade de acesso à tecnologia; necessidade de alimentação escolar; cujos responsáveis trabalhem em serviços essenciais e com saúde mental sob risco”, diz o portal. (Continua após a publicidade)...  

Reabertura de escolas na pandemia não aumentou casos nem mortes relacionadas à Covid-19 no estado de SP, aponta estudo

Um estudo financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e desenvolvido por pesquisadores do Center for Child Well-Being and Development (CCWD) – um centro de pesquisa da Universidade de Zurique, na Suíça -, em parceria com a Seduc/SP, aponta que a reabertura das escolas para atividades presenciais facultativas no estado de São Paulo, no ano passado, não aumentou o número de casos, nem de mortes por Covid-19.

Desde o dia 8 de setembro de 2020 – segundo informa o site da Seduc/SP – das 5,1 mil escolas da rede estadual, aproximadamente 1,8 mil retomaram com as atividades presenciais, atendendo cerca de 1,7 milhão de estudantes do total de 3,5 milhões.

A análise foi feita nas 131 cidades paulistas que reabriram as escolas entre os meses de outubro e dezembro de 2020, de forma gradual e facultativa. Para chegar ao resultado, os pesquisadores compararam como essas medidas evoluíram entre municípios que reabriram as escolas e os demais, antes e depois do retorno das atividades presenciais.

O resultado mostrou que a reabertura das escolas não aumentou a incidência nem a mortalidade de Covid-19 em média, até 12 semanas após o retorno das atividades presenciais. O mesmo ocorreu nas cidades mais pobres, naquelas com escolas com algum déficit na infraestrutura, com maior participação de população acima de 65 anos, ou com maior severidade da pandemia antes da reabertura.

O estudo, entretanto, não descarta que as escolas possam ser pontos de atenção para a transmissão da doença, mas assegura, que com a adoção de protocolos rígidos e frequência controlada, elas não contribuíram para aumentar casos e mortes relacionados à doença.

Para os pesquisadores, isso aconteceu não apenas porque a comunidade escolar tipicamente representa apenas uma parcela pequena da população municipal, mas também porque a reabertura das escolas não impactou a mobilidade local.

Vacinação para profissionais da educação

O site da Seduc/SP informa ainda que, para garantir mais segurança ao processo de retomada das aulas presenciais, os profissionais da educação das redes estadual, municipal e particular começaram a ser imunizados contra a Covid-19, o que foi iniciado no sábado da semana passada, 10 de abril.

Nesta etapa inicial estão contemplados auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários com mais de 47 anos de idade.

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