Coronavírus

SP decreta toque de recolher, de 26 de fevereiro a 14 de março, das 23h às 5h do dia seguinte

Medida quer tentar reduzir a circulação de pessoas no período noturno.

Por: Da Redação atualizado: 26 de fevereiro de 2021 | 12h11
SP decreta toque de recolher, de 26 de fevereiro a 14 de março, das 23h às 5h do dia seguinte

Batizada pela equipe do governo como “toque de restrição à circulação de pessoas”, a medida vai vigorar até o dia 14 de março. De acordo com a decisão do governo paulista, a restrição à circulação de pessoas será das 23h às 5h da manhã do dia seguinte e é válida para as 645 cidades paulistas. A medida, que amplia as medidas de restrição à circulação de pessoas, foi tomada após recomendação do Centro de Contingência da Covid-19.

O governo explica que os serviços essenciais continuarão a funcionar normalmente durante qualquer período, inclusive o horário restrito. Também não haverá advertência, multa ou impedimento à circulação de trabalhadores. Na prática, o governo do estado vai endurecer a fiscalização contra aglomerações em qualquer horário e eventos ilegais ou proibidos aos finais de noite e madrugadas.

O governo estadual mencionou também a recente e repentina mudança de cenários e indicadores da pandemia nas cidades, para quadros de maior contágio, transmissão e internações hospitalares.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, houve aumento significativo no número de internações em São Paulo nas últimas semanas, principalmente em relação a pacientes graves com Covid-19. Até o início da tarde desta quarta, havia 6.657 pacientes internados em leitos intensivos, recorde negativo desde o início da pandemia. 

Segundo o coordenador, se não houver retração nas ocupações hospitalares e mantida essa crescente dos últimos dias, há risco de esgotamento de leitos de UTI Covid-19, no estado, ao longo de três semanas.  “Se nós olhamos para o futuro, nós temos uma previsão bastante preocupante que é poder esgotar os recursos de leitos de UTI em aproximadamente três semanas”, declarou Menezes. Ele apontou duas possibilidades para o recrudescimento da pandemia: o grande número de aglomerações e festas clandestinas desde o final de dezembro e a circulação de novas variantes do coronavírus.

O secretário de saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reforçou a preocupação dos especialistas do Centro de Contingência. “Não adianta nós só ampliarmos leitos e distribuirmos respiradores. Se as medidas restritivas não forem feitas, teremos impacto na saúde em 22 dias”, alertou.

A decisão por implantar essa restrição em período noturno é justificada pelo governo em razão da alta incidência de circulação de pessoas e aglomerações, em atividades de lazer, confraternizações e encontros que, porventura, reduzem as recomendações pelo distanciamento social, ampliando assim as possibilidades de transmissão da Covid-19. “A restrição estabelecida é fundamentalmente para evitar eventos e situações onde pessoas participam de aglomerações desnecessárias, multiplicam a contaminação e ampliam a possibilidade de óbitos”, declarou o governador João Doria. “Hoje, nós estamos pagando um preço caro. Vidas se perderam e estão sendo perdidas em função de aglomerações”, acrescentou. 

Em relação às atividades econômicas, os setores continuam seguindo as determinações do Plano SP, de acordo com a classificação de cada região. Ao contrário do que alguns veículos de imprensa divulgaram, não houve, nesta quarta-feira, nenhuma reclassificação de regiões no Plano SP.

Em março, a pandemia da Covid-19 e a quarentena estadual completam um ano. (Continua após a publicidade...)

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Fiscalização

A restrição de circulação visa coibir tanto os eventos clandestinos como reuniões sociais com aglomerações aos finais de noite e madrugadas. O Governo do Estado organizou uma força-tarefa para ampliar a fiscalização das equipes de Vigilância Sanitária em conjunto com as prefeituras.

Equipes do Procon-SP e das forças policiais da Secretaria de Segurança Pública vão atuar de forma conjunta para coibir o funcionamento de estabelecimentos não essenciais no período de restrição e os eventos ilegais. De acordo com o Diretor Executivo do Procon, Fernando Capez, os agentes de fiscalização vão multar comércios e empresas que descumprirem as regras do Plano São Paulo.

A Diretora Técnica do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, Maria Cristina Megid, pediu que todas as pessoas ampliem a mobilização para impedir o avanço da pandemia. O Governo do Estado vai receber denúncias sobre festas clandestinas e funcionamento irregular de serviços não essenciais pelo telefone 0800-7713541 e também pelo site do Procon-SP www.procon.sp.gov.br.

O resumo com as medidas apresentadas durante a entrevista coletiva desta quarta está disponível na página Issuu: https://issuu.com/governosp/docs/coletiva_24.02.21.pptx.

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