Coronavírus

Duas semanas após o carnaval, Brasil registra 1.726 mortes em 24h e bate novo recorde na pandemia

Além do recorde de mortes no Brasil, SP registra a maior ocupação de leitos Covid-19.

Por: Da Redação atualizado: 4 de maro de 2021 | 07h50
Casos de Covid-19 e internações pela doença têm salto recorde no país (Roque de Sá-Agência Senado). Casos de Covid-19 e internações pela doença têm salto recorde no país (Roque de Sá-Agência Senado).

Há exatas duas semanas após o carnaval, o Brasil registra 1.726 mortes por Covid-19, em 24 horas, e bate novo recorde desde o início da pandemia chegando ao total de 257.562 óbitos desde seu começo. Os números foram atualizados às 20h desta terça-feira (2) pelo consórcio de veículos de imprensa - G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL – que desde 8 de junho divulgam os números da doença no país.

Mesmo sem as tradicionais festividades carnavalescas, suspensas em razão da pandemia, muita gente se aglomerou em eventos com familiares e/ou amigos, ou viajou, ampliando os riscos de transmissão da doença. Passadas duas semanas, o país vive o drama da alta incidência de casos e internações hospitalares em leitos de enfermaria e de UTI.

Na apuração pelo consórcio dos veículos e imprensa, as 1.726 mortes, nas últimas 24 horas, fizeram com que a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegasse 1.274. A variação foi de 23% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

(Reprodução: Ministério da Saúde).

Já na atualização do Ministério da Saúde (MS), são 1.641 mortes nas últimas 24 horas, conforme divulgou o órgão às 21h de ontem, com dados atualizados às 20h. Já a o total de mortes, divulgado pelo MS, é de 257.361 óbitos.

Recorde de internações em SP

O recrudescimento da pandemia levou o governo de São Paulo e as prefeituras a um alinhamento para a eventual aplicação de medidas mais restritivas em todos os 645 municípios do estado. Esse tema foi debatido nesta terça-feira pelo governo de São Paulo e 618 prefeitos paulistas, que se reuniram por meio de videoconferência para debater novas ações conjuntas de enfrentamento ao coronavírus.

O governador reforçou que a situação atual no estado é alarmante e que estado e prefeituras precisam de ações coordenadas para preservar vidas e reduzir a pressão sobre a capacidade hospitalar do SUS e também de hospitais privados. Segundo informou o governo paulista aos prefeitos, São Paulo possui 7.415 pacientes internados em UTIs, número recorde desde o início da pandemia. "Se não aplicarmos medidas mais restritivas, teremos onze dias até um colapso em nosso sistema de atendimento hospitalar", disse o secretário da saúde, Jean Gorinchteyn. "O cenário é alarmante e exige uma ação pronta e unificada de todos nós. Situação é preocupante em todas as regiões, com maior gravidade no interior", acrescentou o secretário de desenvolvimento regional, Marco Vinholi. (Continua após a publicidade...)

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18 estados e DF têm ocupação de leitos de UTI acima de 80%

Segundo informou a Agência Brasil, 18 estados brasileiros e o Distrito Federal têm ocupação de leitos de UTI para covid-19 acima de 80%. Desses, 10 estão com lotação acima de 90%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, a entidade chama a atenção para a gravidade do momento no país, com um forte crescimento no número de casos de contaminações e óbitos causados pela doença e classifica a situação como a ponta de um iceberg.

“Verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave], a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais. No momento, 19 unidades da Federação apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80% – no boletim anterior eram 12. O cenário alarmante, segundo a análise, representa apenas a ponta do iceberg de um patamar de intensa transmissão no país”, destacou a Fiocruz.

Diante desse quadro, os pesquisadores disseram ser necessária a adoção de medidas não farmacológicas mais rigorosas, incluindo a manutenção de todas medidas preventivas, como distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos, até que a pandemia seja declarada encerrada.

Além disso, são recomendadas medidas de supressão, como restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.

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