Coronavírus

Covid-19 modifica rotina dos serviços funerários

Normas sanitárias de segurança foram ampliadas e são seguidas à risca pelas empresas funerárias.

Por: Da Redação atualizado: 14 de julho de 2020 | 11h35
Com equipamentos de proteção individual, colaborador da Haddad Organização Social faz a sanitização completa dos veículos usados no transporte funerário (Cedida). Com equipamentos de proteção individual, colaborador da Haddad Organização Social faz a sanitização completa dos veículos usados no transporte funerário (Cedida).

A chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou a rotina dos serviços funerários. As normas sanitárias foram ampliadas para garantir a maior segurança dos trabalhadores do setor no manuseio de corpos por óbitos positivos para a doença ou suspeitos (aguardando resultados de exames).

Nesse período, sobretudo para esses casos, o Ministério da Saúde editou em março a cartilha “Manejo de corpos no contexto do novo coronavírus Covid-19” (veja aqui), que tem sido seguida à risca pelas empresas funerárias, observando-se também outras deliberações sobre o tema, expedidas por órgãos sanitários nacionais, do estado de São Paulo e municipais.

Em Adamantina, a Haddad Organização Social é uma das empresas do setor e vivencia diariamente o rigoroso protocolo definido pelas autoridades, no manuseio de corpos por óbitos positivos ou suspeitos para Covid-19, sujeitos ao sepultamento direto (sem velório), bem como no manuseio e funerais de óbitos que não têm relação com a doença.

Naquelas situações em que a causa da morte não é positiva ou suspeita para Covid-19, os funerais passaram a ocorrer com mais restrições, observando as determinações pelo distanciamento social e para evitar aglomerações. Em Adamantina, desde o dia 19 de março, um decreto municipal restringe os velórios ao período máximo de 4 horas.

Mais segurança

Segundo Ricardo Haddad, dirigente da Haddad Organização Social, todas determinações que impactaram na rotina dos serviços funerários têm sido rigorosamente cumpridas e visam ampliar as medidas de segurança aos colaboradores da equipe. “Essas medidas sempre foram bastante rígidas, dentro do procedimento operacional padrão que trata do manuseio de corpos, e foram intensificadas face aos riscos dessa nova doença”, explica.

Dentre as ações internas, os colaboradores receberam orientações complementares para a realização dos trabalhos e houve incremento nos equipamentos de proteção individual (EPIs). Essas orientações são atualizadas a cada nova recomendação das autoridades de saúde.

Confirmado o óbito por Covid-19 ou suspeito: como é realizado o manuseio do corpo?

Seguindo as determinações fixadas pelas autoridades, quando há ocorrência de óbito confirmado ou com suspeita para Covid-19, a empresa funerária é acionada por familiares e inicia os procedimentos de manuseio do corpo.

Conforme exige o manual do Ministério da Saúde, a equipe que irá manusear o corpo deve estar amplamente paramentada com os EPIs. Já o corpo deve ser embalado no próprio local, acondicionado em saco impermeável próprio, de lona plástica em polímero biodegradável. O saco deve ser limpo e higienizado com desinfetante hospitalar regularizado pela Anvisa ou substância à base de álcool 60% a 95%.

Sepultamento de vítimas da Covid-19 são feitos sob rígidas normas de segurança (Ilustrativa/Adão de Souza-PBH/Fotospublicas).

Na sequência, o corpo ensacado é acondicionado na urna funerária, que será imediatamente lacrada. O corpo é transportado sem abertura da urna, nem do saco que envolve o corpo.

Quando o óbito ocorre no hospital, o procedimento ser realizado no próprio leito de internação, evitando o deslocamento do corpo não protegido até o necrotério. O mesmo deve ser feito no domicílio, casa de repouso ou similar, não devendo em hipótese alguma o corpo ser transportado sem a realização destes procedimentos.

Sem velórios e despedidas, os corpos de óbitos confirmados ou suspeitos para Covid-19 têm sepultamento direto.

Após o transporte dos corpos, o veículo funerário é sanitizado e desinfectado. Já os EPIs usados pelos colaboradores são descartados dentro das normas que regem a gestão dos resíduos sólidos contaminados. (Continua após a publicidade...)

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Serviços e atendimento ao público

As atividades funerárias são consideradas serviços essenciais, o que permite o funcionamento das empresas dentro das recomendações sanitárias fixadas pelas autoridades de saúde. Em Adamantina, a Haddad Organização Social se mobilizou para garantir o atendimento ao público, nas diversas situações de óbito.

Totem de higienização com álcool gel no acesso à Haddad Organização Social (Cedida).

Tapete com produto sanitizante (Cedida).

O espaço foi ajustado às exigências, com ventilação ampliada, totem de álcool gel e reforço em todas as medidas de limpeza e higiene, sobretudo nas superfícies onde o público e colaboradores têm contato.

No velório municipal controle é realizado pela Prefeitura

Já no velório municipal a gestão do espaço é feita pela Prefeitura de Adamantina, com regras especiais para o período de pandemia definidas pelo Decreto Municipal 6.108, de 19 de março de 2020.

De acordo com o Decreto, os velórios têm sido realizados apenas no período diurno com duração não superior a 4 horas. No local, um funcionário da Prefeitura faz o controle de acesso às salas de velório, presta orientações e disponibiliza álcool gel.  Uma representante da Haddad Organização Social, que presta apoio aos associados, também atua em colaboração ao servidor público.

O Decreto também proíbe a realização de velórios em residências, igrejas, clubes de serviço, associações de bairro, ou qualquer outro local que não destinado a esse fim.

Cemitério

Os procedimentos mais rigorosos também atingiram o cemitério municipal, onde o sepultamento de corpos cujos óbitos têm causa positiva ou suspeita para Covid-19 é feito em cemitério fechado, com o acesso apenas do grupo restrito de familiares.  Como determinam as autoridades de saúde, não há abertura da urna funerária.

Orientados por um técnico em segurança do trabalho, os trabalhadores do cemitério também atuam com os equipamentos de proteção individual.

Trabalhadores do cemitério municipal (Siga Mais).

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