Cidades

Formação de grupo de acolhimento e apoio à família e pessoa com deficiência é tema de reunião dia 1º

Encontro será realizado a partir das 19h30 na instituição Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP).

Por: Everton Santos | Jornal Diário do Oeste atualizado: 27 de janeiro de 2023 | 17h56
(Divulgação). (Divulgação).

Se a vida já é complexa, cheia de desafios e barreiras, para familiares ou pessoas com deficiências essa dificuldade é ainda maior. A fragilidade das políticas públicas e a falta de informação são assustadoras.

Para tentar suprir essas lacunas e criar uma rede de apoio, surgiu a ideia da criação de um programa de atendimento, orientação, encaminhamento e acompanhamento individual, familiar e em grupo, voltados às pessoas com deficiência e às suas famílias.

Idealizado e liderado por Rosana Correa Narducci, mãe de um adolescente com Transtorno do Espectro Autismo (TEA), os voluntários promovem, no próximo dia 1º de fevereiro, a primeira reunião para a formação do Grupo de Acolhimento e Apoio à Família e Pessoa com Deficiência (GAAFPD).

O encontro, aberto a toda comunidade, será realizado a partir das 19h30 na instituição Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), situado à alameda Santa Cruz, nº 110, Centro.

Graduada em administração pela UniFAI em 2007, Rosana buscou se aperfeiçoar para compreender e auxiliar no desenvolvimento de seu filho. Ao longo dos últimos anos, concluiu diversos cursos de extensão, tais como: Transtornos Globais do Desenvolvimento; Educação Especial, Alfabetização, Letramento e Bullying; curso básico de Alfabetização no Autismo; curso básico de Estilos Parentais; curso de extensão em Terapia Aba no Autismo para pais e aplicadores; curso de extensão em Dimensões do Transtorno do Desenvolvimento no Espectro Autista; e pós-graduação em Intervenção Aba no Transtorno do Espectro do Autismo.

Com o apoio da Prefeitura de Adamantina, por meio da Secretaria de Assistência Social e do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, busca reunir familiares, simpatizantes e pessoas com as mais diversas deficiências para a criação de um núcleo de apoio e acolhimento em Adamantina.

Em entrevista ao jornal Diário do Oeste, Rosana destacou que o projeto promoverá reuniões com profissionais e dinâmicas em grupos periodicamente. As atividades serão desenvolvidas na sede da Sociedade São Vicente de Paulo em Adamantina. “Queremos oferecer a base para que todos que vivem essa realidade não se sintam sozinhos e tenham acesso as orientações, informações e motivação necessárias para a melhor qualidade de vida de todos”, destacou.

No primeiro encontro, Rosana destaca que serão apresentados os objetivos do projeto, que trabalhará com orientação às famílias em como lidar com deficiente, promovendo rápido diagnóstico e início da estimulação precoce, fundamental para o sucesso terapêutico e melhoria da qualidade de vida. “Vamos desenvolver um trabalho de acolhimento das famílias que estão às vezes passando pelo processo de investigação ainda ou pela fase do luto (quando acabaram de receber o diagnóstico) e vamos apoiar essas famílias”, asseverou Rosana. “Contaremos com o apoio de profissionais que vão falar a respeito dos direitos do deficiente ao tratamento e dentro da sociedade”, completou.

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Ela destaca ainda a realização de dinâmicas em grupo, tanto com as mães como familiares, trabalhando a parte motivacional das famílias, expostas a rotinas de muito estresse e de dedicação, muitas vezes, exclusiva, o que pode levar a exaustão, tanto da família como propriamente da pessoa que é deficiente. “Então vamos buscar desenvolver um trabalho bem minucioso, de acolhimento, de apoio e motivacional”.

Com um longo histórico de trabalho e luta pela defesa dos direitos dos deficientes, Rosana narra que seu filho, hoje com 14 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), aos sete anos de idade, mas que logo nos primeiros meses de vida já identificou um comportamento diferente. “Quando olho para trás, há 14 anos, não se falava em autismo, então eu sofri muito. Faltava muita informação e conhecimento. Tanto eu, como mãe, como meu próprio filho, acabamos passando por situações que geraram consequências que a gente carrega até hoje”, alertou.

Mas foi dessa experiência e da vontade de auxiliar outras mães que surgiu a necessidade de se especializar e buscar conhecimento, o que resultou na idealização do grupo de apoio. “Foram anos estudando, fazendo cursos, pesquisando e aprendendo a lidar com o meu filho. E, com isso, acabou nascendo uma paixão pela defesa dos direitos e da inclusão”, enalteceu Rosana, que ainda fez questão de sublinhar que esse público é muito esquecido.

Rosana frisou que um dos maiores desafios do grupo será atingir às famílias que estão na fase de negação, que ainda não identificaram o grau e tipo de deficiência ou transtorno e, consequentemente, não iniciaram o tratamento adequado, com os estímulos necessários, relegando a criança a uma condição prejudicial para seu desenvolvimento e independência na fase adulta. “Muitas famílias têm dificuldade em aceitar que existe algo diferente. Queremos realmente abranger a todos, mas sabemos que essas famílias - fase de negação - vão ser mais difíceis de conseguir trazer para o grupo”.

Com o apoio de aplicativos de mensagens, Rosana tem procurado divulgar a reunião e reunir familiares e simpatizantes da causa em um grupo, onde são divulgadas informações sobre o projeto. “Deixo aqui um convite para a população de Adamantina, independente se tem deficiência, se é familiar ou conhece alguém que tem deficiência mas quer saber um pouquinho mais. Nosso grupo está aberto”, convida Rosana que trabalha para que a iniciativa seja uma referência no município para amparar as pessoas que se deparam com essa situação.

Para participar do grupo de WhatsApp e receber informações sobre as atividades a serem realizadas, basta encaminhar mensagem de texto ou ligar para o (18) 98152-7751.

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