A forte onda de calor traz reflexos ao cotidiano, a humanos e animais. Os cuidados e atenção aos animais de rua, diante das altas temperaturas, despertou a preocupação de uma internauta, moradora em Adamantina. Ela fez contato com o SIGA MAIS sugerindo a abordagem desse tema, como forma de orientar e sensibilizar o público e estimular medidas simples, mas que podem contribuir com a hidratação de cães e gatos que circulam pelas ruas.

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As altas temperaturas podem causar hipertermia nos animais. Enquanto a temperatura corporal humana fica na faixa de 36 °C, nos pets varia de 38 °C a 39 °C. Com temperatura corporal mais elevada que humanos, cães e gatos ficam mais sujeitos a hipertermia. Também em razão do porte, por ficarem mais próximos ao chão, ficam mais expostos à absorção de calor.

 (Cedida).

A hidratação tem um papel importante nesse cenário, pois ajuda os pets a baixar a temperatura do corpo e salvar vidas. Para cães e gatos de rua há dificuldade para acesso a água limpa e fresca 24h por dia, o que os torna ainda mais vulneráveis a esses riscos. Assim, a simples disponibilização voluntária de potes com água, nas calçadas dos imóveis, pode ajudar na hidratação desses animais, e minimizar riscos de hipertermia.

Mais cuidados

Um texto publicado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) aborda cuidados com cães e gatos em período de altas temperaturas. O contexto de altas temperaturas narrado no conteúdo se refere ao período do verão, mas as orientações de cuidado e atenção, dirigidos a tutores, são as mesmas.

(Reprodução: CRMV-SP).

Conforme a publicação, os maiores perigos para os animais domésticos durante as estações quentes são queimadura dos coxins (almofadinhas das patas), desidratação, viroses, leptospirose, alergias sazonais, parasitas e hipertermia.  

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Ainda que os passeios pareçam ser sempre uma boa pedida nos dias de sol, as altas temperaturas podem ser prejudiciais para os animais, conforme alerta a médica-veterinária Maria Cristina Timponi, que assina o texto publicado pelo CRMV-SP. “Os passeios que nós fazemos com os pets no verão devem acontecer bem cedinho, quando o sol está mais fraco, ou à noitinha, quando ele está se pondo, evitando, assim, uma hipertermia – quando a temperatura fica mais alta que o normal, o que pode provocar, inclusive, a morte do animal”, afirma a médica-veterinária.

A profissional também destaca a importância de manter  os animais hidratados. “A água deve ser fornecida à vontade, pois ajuda muito na diminuição da temperatura corporal”, reforça.