Cidades

Cabo Marcílio é incluído na lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares

Herói da segunda guerra mundial, que morou em Adamantina, ganha reconhecimento nacional.

Por: Da Redação atualizado: 23 de novembro de 2020 | 18h47
Ao lado de nomes como Pixinguinha, João do Pulo, Mussum, Wilson Simonal e Luiz Melodia, o ex-morador de Adamantina, cabo Marcílio, passa a integrar a lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares (Reprodução). Ao lado de nomes como Pixinguinha, João do Pulo, Mussum, Wilson Simonal e Luiz Melodia, o ex-morador de Adamantina, cabo Marcílio, passa a integrar a lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares (Reprodução).

Eu seu perfil no Twitter, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, anunciou a inclusão do ex-morador de Adamantina, cabo Marcílio Luiz Pinto, na lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares. “O cabo Marcílio Luiz Pinto, combatente condecorado da 2ª Guerra Mundial, será incluído na lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares, a partir de 1º de dezembro, quando entra em vigor a portaria que normatiza, legitima e moraliza as homenagens da instituição”, publicou (veja aqui).

(Reprodução).

Com a inclusão na lista de Personalidades Negras da Fundação Cultural Palmares, o ex-morador de Adamantina passa compor esse rol ao lado de nomes como Pixinguinha, João do Pulo, Mussum, Wilson Simonal e Luiz Melodia. Todos serão inclusos a partir de 1º de dezembro.

Cabo Marcílio, foi um militar brasileiro integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que atuou com destaque na Segunda Guerra Mundial, sendo condecorado em novembro de 1944 com a medalha Silver Star, concedida pelo Comando Norte-Americano, por ação distinta em combate.

A inclusão do cabo Marcílio no rol de Personalidades Negras da Fundação Palmares se dá em meio a uma polêmica. Por decisão do presidente do órgão, Sérgio Camargo, foram excluídas desta lista personalidades vivas, como Milton Nascimento, Elza Soares, Martinho da Vila, Gilberto Gil e Leci Brandão. “A homenagem na galeria de personalidades negras será póstuma! Em razão disso, todos que estão vivos serão excluídos”, destacou Camargo em outra publicação (veja aqui). (Continua após a publicidade...)

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Herói de guerra

Cabo Marcílio nasceu em Caconde (SP), região de Mococa (próximo à divisa com Minas Gerais), em 1917. Em 1933 foi como imigrante para a região de Garça. Trabalhou na prefeitura da cidade, depois morou em Duartina e Marília, quando, em 1942, foi convocado pelas forças armadas para se apresentar no Quartel do 3° e 4° Regimento de Infantaria, em São Paulo. Ficou dois meses no Quartel e de lá foi enviado ao 6° Regimento de Infantaria, sediado em Caçapava.

Nesse período o Brasil já tinha declarado guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e neste regimento Marcílio recebeu os treinamentos intensivos. Em 1944 de Caçapava, o Regimento vai para o Rio de Janeiro, onde teve os treinamentos e usos de armas pesadas. Logo após em, em julho de 1944, chega a ordem de embarque no navio-transporte “General Meigue”, que atracou no Porto de Nápoles, na Itália, para combater na 2ª Guerra Mundial. Seu batismo de fogo foi na localidade de São Martinho, em Toscana, e ao longo da Campanha na Itália.

Cabo Marcílio, em Florença, na Itália,durante a 2ª Guerra Mundial (Foto: Acervo Pessoal).

Segundo texto publicado no site da Fundação Palmares, a condecoração concedida pelo Comando Norte-Americano se deu pelo fato de que, em novembro de 1944, o cabo Marcílio participou de um ataque surpresa a uma posição inimiga onde foram capturados vários prisioneiros, além de quantidade significativa de equipamentos e munições. Na mesma ação, Marcílio fez recuar uma patrulha alemã que tentou libertar os prisioneiros, e durante essa ação, segundo relatos, matou diversos inimigos.

Solenidade em que o Cabo Marcílio recebeu a medalha "Silver Star", a mais alta condecoração americana a um soldado estrangeiro (Foto: Acervo Pessoal).

Além da Silver Star, ele foi condecorado durante a Guerra com duas “Cruz de Combate” e, ao retornar para o Brasil, recebeu uma condecoração da FEB, a medalha do mérito cívico da Câmara Municipal de Marília e a medalha Marechal Rondon oferecida pela prefeitura de Marília.

Cabo Marcílio passou a residir em Adamantina em 1969. Foi casado com Rosa Scarasati Pinto e teve os filhos Liliana Aparecida, Marlene Aparecida, Maria Adelaide, Maria Angélica e Marcio Vicente. Ele faleceu em 31 de julho de 1993, em Adamantina.

Filhos do Cabo Marcílio, presentes à solenidade realizada em 2016 no Tiro de Guerra de Adamantina (Foto: Cedida).

Em agosto de 2016 ele foi homenageado pelo Tiro de Guerra de Adamantina, em uma solenidade com seus familiares e autoridades civis e militares (reveja), onde foram expostos o fardamento completo do ex-combatente e honrarias recebidas pela atuação militar.

Medalhas recebidas pelo ex-combatente Cabo Marcílio, conferidas pelo Brasil e Estados Unidos (Foto: Acervo Pessoal).

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