Sociedade

Viver e ser feliz

Experiências de vida que dão forças para redescobrir o mundo.

Débora Nazari | Cientista social, jornalista, escritora e adamantinense | nazaridebora@gmail.com Colunista
Débora Nazari | Cientista social, jornalista, escritora e adamantinense | nazaridebora@gmail.com
(Foto de Jacqueline Munguía em Unsplash). (Foto de Jacqueline Munguía em Unsplash).

Chega um tempo na vida de um ser humano em que ele está dividido entre tomar decisões ou ser feliz. Talvez tenha sempre sido assim, mas como não é uma coisa que te ensinam na escola, pode ser que você passe algumas décadas com aquela sensação de que não está fazendo as coisas direito. Digo isso porque já passei algumas delas e muito recentemente a ficha tem caído para diversos assuntos que até um tempinho atrás eu ficaria com aquele ar de “só acredito vendo”, mas vejo e continuo não acreditando.

Que coisa engraçada é a vida! Porque será que ninguém fala sério mesmo sobre isso, vida, uma palavra de quatro letras e tão pequenininha que é difícil de explicar, tamanha imensidão que significa. Mesmo quando não há mais vida, você continua de alguma forma, seja numa doce memória ou seus descendentes. Talvez tamanha complexidade de entender é o que impossibilita de explicar, mas tentamos ou melhor sentimos, aquele incomodozinho ou a chavinha que girou ao acordar, quando você vê tudo passou a fazer sentido (ou não).

Essa mesma vida inteira que te acompanhará até seu último respiro fica te empurrando a tal da felicidade, no qual passamos mais tempo lutando para ter essa sensação tão boa, mas que fica mais difícil de sentir conforme envelhecemos. Percebeu que antes tudo que você precisava era de um sorvete em dia de verão e hoje mesmo com os potinhos de múltiplos sabores na geladeira parece não ser suficiente? Isso significa que estou menos feliz? Não, talvez mais exigente, porque afinal de contas são muitas decisões que trarão recompensas. Me delicio no sorvete sem culpa ou compenso depois na academia? As duas coisas, difícil escolha. Tem quem fica feliz tomando sorvete e depois indo na academia, mas tem também quem sofre muito para essa decisão.

Ser humano é bicho e daqueles bem complexos, bote num ano de pandemia que a coisa bate na Lua e volta com uma interrogação maior ainda. Pois é, oficialmente estamos vivendo um ano trágico e histórico, que daqui uma década estará nos livros de História e contará as consequências sociais deste presente. E nós estamos aqui, de mãos dadas com as nossas vidas tentando entender como foi que chegamos nisso aqui.

Tomo uma nova decisão ou sigo para ser feliz? Nem sempre um vem acompanhado do outro, pode ser que a felicidade demore, afinal decidir é lidar com consequências e não controlados é nada. Como é então que saio desse limbo? Por incrível que pareça, o segredo é a tal da felicidade, porque mesmo que passemos anos em busca dela, esquecemos que a conquistamos várias e várias vezes e ela continua por aqui.

Sim, pode parecer clichê, nós buscamos a felicidade quando na verdade ela nunca foi embora. Esse tempero que a felicidade tem, mesmo que você cresça, ela continua lá, seja no resquício de memória ou quando você precisa, pronto, basta recordar. Quantas bolas de sorvete de flocos contém momentos felizes desses últimos anos? Volto aos meus 5, 10, 14 anos e a felicidade continua por lá e continua neste presente, não é igual, mas a sensação ainda é a mesma. Por isso ficamos nessa eterna busca por felicidade, porque ela você acumula e nunca se sacia.

Decisões ou felicidade? Tomar decisões que te fazem feliz. Olha que coisa boa, procurar algo que você nunca vai enjoar e conforme a vida te transforma ela ressurge como um desafio, te dá ânimo e energia para querer ser esse universo todo que te habita.

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