Os museus brasileiros na Era Digital
Um passeio pelos acervos dos museus digitais pelo Brasil nos ensina sobre compartilhamento, história e cultura.
Os brasileiros estão indo mais aos museus, ou pelo menos iam antes da pandemia. Será mesmo? Quando se fala em visitar um museu, para o pessoal “das artes” é mais um dia comum, mas para muita gente é um dia especial. Estimasse ainda hoje que cerca de 70% da população brasileira nunca viu uma exposição ou visitou um museu, essa lacuna mostra infelizmente a desigualdade de um povo com uma cultura tão rica.
Os museus são instituições presentes em diversos países sendo que existem diferentes tipos e tamanhos com acervos que contém desde obras de arte, pinturas, livros, objetos raros, vídeos, peças naturais e materiais variados que mesclam o passado e o presente. Nas últimas décadas tivemos a felicidade de grande parte desses acervos serem digitalizados, ampliando assim o acesso e o conhecimento.
O museu tornou-se um lugar de compartilhamento de ideias para além da conservação da memória. Ele é um campo de experimentação e na nova era digital, muitas instituições se reinventaram ou descobriram outras formas de se inserir neste universo que não é apenas composto de objetos únicos, mas que modifica o valor que se dá ao campo da museologia, do patrimônio e da história de um povo.
Será que tudo que está exposto nas vitrines, nos cavaletes e atrás das fitas no chão são obras autênticas? Ou ter uma galeria virtual em um aplicativo significa que uma obra é menor que a outra? São questões assim que transformaram alguns museus em exemplos singulares nos dias de hoje. Aqui mesmo na região temos o Museu Índia Vanuíre na cidade de Tupã (SP), ele é um centro de referência kaingang e dos povos indígenas do oeste paulista. Além da importância histórica, ele possui um acervo com mais de 38 mil objetos museológicos de diferentes povos indígenas no Brasil e você pode fazer uma visita online e gratuita em 360 graus. A evolução tecnológica conserva as obras e proporciona diversão, assim você pode conhecer museus do mundo todo na tela do computador.
O que mudou nessa Era Digital foi a comunicação e o acesso entre pessoas e museus, o que antes era baseado num momento de contemplação e apreciação se tornou em interação com o conteúdo digital. Isso transforma a maneira de ver mundo e não importa o lugar, tamanho, a estrutura, o tema, a arquitetura ou o requinte que os museus possuem. O que move as pessoas e o que as identifica são os valores que os museus transmitem e como isso faz o conhecimento ser livre, plural e circular.
Aproveite navegue pelos acervos de alguns museus brasileiros:
Museu Casa de Coralina – Goiás (GO)
A casa velha da ponte ou Museu Casa de Cora Coralina. Visite manuscritos, fotos, correspondências e muito mais dessa poetisa-doceira.
http://www.museucoracoralina.com.br/site/
https://www.eravirtual.org/casa-de-cora-coralina/
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) – São Paulo (SP)
O tão conhecido museu do vão livre contém peças de arte africana, das Américas, asiática, brasileira e europeia, desde a Antiguidade até o século 21.
https://artsandculture.google.com/partner/masp
Museu Casa de Portinari – Brodowski (SP)
Você sabia que Cândido Portinari adorava fazer pintura mural nas paredes da sua residência?
https://www.museucasadeportinari.org.br/visita-virtual/
Pinacoteca – São Paulo (SP)
Um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade.
https://pinacoteca.org.br/pinadecasa/
Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro (RJ)
A Fortaleza de Santiago, hoje Museu Histórico Nacional com mais de 250 mil peças no acervo que contam a formação de uma nação.
https://artsandculture.google.com/partner/museu-historico-nacional
Museu Casa do Rio Vermelho (Jorge Amado) – Salvador (BA)
A Bahia de Jorge Amado é terra da mistura e da mestiçagem. Conheça o antigo lar de Jorge Amado e sua esposa Zélia Gattai.