Opinião

Mulheres: de lua, de fases... o que tanto querem? Respeito, apenas respeito!

Ninguém precisa concordar. Só respeitar.

Fabricia Rodrigues Romanini, contadora de histórias e jornalista pela UNESP | Contato: @fafaby1401 Colunista
Fabricia Rodrigues Romanini, contadora de histórias e jornalista pela UNESP | Contato: @fafaby1401
(Freepik). (Freepik).

Martinho da Vila deixou claro que existem mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores... atrevidas, acanhadas, vividas, casadas, carentes, solteiras, felizes, donzelas e meretrizes... cabeças, desequilibradas, confusas, de guerra e de paz.. Antes dele, Roberto Carlos cantou as mulheres de 30, de óculos, gordinhas... Rita Lee cravou que nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é bunda.

E se procurarmos a valer serão muitas músicas, muitos livros, muitos filmes em várias línguas que trazem um pouco da luta das mulheres.

Mas o que eu gostaria de lembrar é as mulheres, em sua grande maior, querem, sim, ser amadas por seus filhos, seus pais, seus companheiros e companheiras, mas querem respeito e menos julgamento. O papel feminino na história foi tão deixado como nota de rodapé que, agora, quando muitas pedem (eu me incluo totalmente) que relatos tenham uma nova leitura, uma visão feminina, parece arrogância.

Pra mim, é apenas um ajuste histórico, mas vimos tantas histórias de senhores arrogantes e pareciam certas. Então, tudo bem, a gente admite, se for para a roda girar, um pouco de arrogância!

Dois pontos pra demonstrar meu ponto de vista: a história do Brasil ganha outra coloração quanto contada pelos olhos da Princesa Leopoldina. Não sei atualmente, pois ando longe dos bancos escolares há um tempo, mas quando caminhei pela história do Brasil, ela ocupava uma linha: mulher de Dom Pedro I. No máximo, mais algumas devido a extensão do nome. Sabe-se, atualmente, o quão fundamental essa austríaca foi para a nossa história. O quanto ela se encantou e fez por esse país. Marquesa de Santos, pra ficar na mesma matéria: amante de Dom Pedro I, fato, mas a relação que durou sete anos. Cravamos um carimbo nela e acabou. Ela fez muito por estudantes, teve uma história dela, sem a sombra do imperador.

Agora, mergulhando na literatura: quando bem adolescente e sempre que penso não encontro a motivação, comprei As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Braddley) para ler. Em termos atuais, explodiu minha mente: como assim, a história medieval, que eu tanto gostava, pela lente de mulheres. Mulheres que manobravam as pedras no xadrez da política, do poder... Uma história em que as protagonistas eram mulheres... era possível. Fique por anos, indicando o livro a todos e falando da história em qualquer brecha que eu tinha.

Portanto, que tal ouvir o lado das mulheres? Só queremos menos julgamento, cansamos como qualquer ser nesse planeta e precisamos de momentos nossos, sem filhos, nem companheiros ou companheiras... queremos e podemos usar a roupa que nos deixa bem, bonita, provocante... de novo, sem julgamento... queremos que, antes de sermos apontadas, sermos ouvidas. Temos uma voz, uma história, uma visão do mundo... ninguém precisa concordar, precisa apenas respeitar.

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