Memória

Sorveteria Katu - Quem experimentou sabe! Quem não experimentou, perdeu!

Relembrando algumas histórias da Sorveteria Katu.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Fachada da Sorveteria Katu, hoje Bazzo Imobiliária, e ao lado Sigeo Nakatu, que somou 40 anos de atuaçao na empresa, ícone de uma época, em Adamantina (Foto: Acervo Pessoal). Fachada da Sorveteria Katu, hoje Bazzo Imobiliária, e ao lado Sigeo Nakatu, que somou 40 anos de atuaçao na empresa, ícone de uma época, em Adamantina (Foto: Acervo Pessoal).

No último sábado, ainda em clima de férias, realizei uma breve visita à casa da professora Helena Nakatu e sua irmã Eunice. E em meio a cafés e bolos, acabamos entrando em vários assuntos e dentre eles, nos diversos feitos que seu pai, o Sr. Nakatu Sigeo realizara na terrinha.

Folheando os diversos documentos e fotos da família, me chamou a atenção a compilação impecável de um dicionário de japonês – português, que seu pai fizera. Além de diversos outros objetos que por ele eram usados em seu dia a dia. Era um verdadeiro autodidata!

Compilação feita por Sigeo Nakatu (Foto: Tiago Rafael).

Soroban e flautas: objetos produzidos por Sigeo Nakatu (Foto: Tiago Rafael).

Bom! Para quem não conhece, o saudoso Sr. Sigeo Nakatu, juntamente com os Srs. João Cardoso Alcantara (com quem aprendera o fábrico do sorvete), Masao Nakatu, Nakatu Kideo e Akio Nakatu, fora um dos fundadores da tão conhecida Sorveteria Katu, que se localizava na Alameda Navarro de Andrade – 492 (atual Bazzo Imobiliária).

Fachada da Sorveteria Katu, hoje Bazzo Imobiliária (Foto: Acervo Pessoal).

Irmãos Nakatu na Sorveteria Katu (Foto: Acervo Pessoal).

Fundada em nove de setembro de 1953, tal estabelecimento não se limitava somente ao comércio dos sorvetes, ali também eles eram produzidos e distribuídos para toda a região. O Sorvete Katu, uma das marcas registradas da sorveteria, era o carro chefe, além dos Skimos, moreninhas, picolés e massas.

Em meio a tudo isso, o mais curioso se dava em relação à obtenção do selo do Sistema de Inspeção Federal (SIF), para que se pudesse fabricar e comercializar o sorvete. O Sr. Sigeo Nakatu, levava amostras do sorvete produzido, em maletas refrigeradas até a cidade de São Paulo, onde se localizava o Instituto Adolfo Lutz. Há de se destacar que, nesta época o trajeto era realizado de avião, tendo em vista o tempo de deslocamento e o possível derretimento do produto.

Com o passar do tempo, os diversos sócios acabaram se retiraram da sociedade, restanto apenas o Sr. Sigeo. Após cerca de 40 anos de atividades, a Sorveteria Katu encerrou suas atividades com a aposentadoria de seu proprietário.

Sigeo Nakatu somou 40 anos de atuaçao na Sorveteria Katu (Foto: Acervo Pessoal).

Enfim, em meio aos cafés e bolos, surgiram as lembranças e as recordações que por aqui foram resumidamente escritas e contadas. É claro que, outras surgirão e abrirão espaço para outros textos aqui ou acolá. Ah... E como já falado: Quem experimentou, sabe! Quem não experimentou, perdeu!

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, Historiador e Gestor Ambiental

Membro Correspondente da ACL

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