“Adamantina jóia da Alta Paulista/Cidade bela de um povo progressista/Neste recanto/Tão lindo é teu manto/Eu te quero tanto/Querida cidade/Tua região é rica e produtiva/Teu povo amigo muito me cativa/Está presente/Não me sai da mente/E sinceramente/Eu sinto saudade [...]”

Saudades de Adamantina – Julião Saturno e Cileno

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Semana passada, ao redigir meu texto como faço todas as semanas, acabei me utilizando de uma parte dos versos da música “Saudades de Adamantina”, de composição do adamantinense Julião Saturno e do cantor Cileno (da dupla Elbino e Cileno). Alguns internautas interessados na referida letra, me pediram para que eu escrevesse sobre tal composição.

O mais interessante é que, tal canção marcou uma época de minha vida. Na década de 1990, eu ainda residia com a minha avó.  E claro, era muito comum acordar ao som do rádio ligado nas emissoras AM (com a referida música) e aquele cheirinho de café recém passado.

(Reprodução/João Vilarim).

Pois bem, diante de tal curiosidade, acabei dando uma olhada na internet e descobri inúmeras composições do referido compositor, tanto individuais como em parceria com diversos autores. Destaque-se que, suas composições foram em grande parte destinadas ao cenário da música caipira. Dentre alguns intérpretes podemos citar: Elbino e Cileno, Nelsinho e Diamante, Valderi e Mizael, Márcia e Márcio, Zé da Maria e Maria do Zé, Altemir e Altimar, Francisco e Fabiano, etc.

(Reprodução/João Vilarim).

Assim, em meio a tal cenário surge a música “Saudades de Adamantina”, uma “guarânia” de autoria do referido Julião Saturno e do cantor Elbino, conforme já mencionado acima. A canção, fez parte do álbum “Elbino e Cileno - Os Românticos Do Brasil”, lançado pela gravadora SENEDISC. O LP além desta, trazia outras três músicas, dentre elas: Icaraí; Pombinho Mensageiro; Boiadeiro Feliz.

Desde então, “Saudades de Adamantina” tornou-se uma das músicas feitas “pela e para” a terrinha, tornando-se uma das páginas de sua história. Com certeza, alguns de vocês um dia já a ouviram nas emissoras locais daqui, mas sequer souberam que se tratava de uma composição de um morador local. A nós, cabe apenas a lembrança, a memória, a divulgação e a homenagem aqueles que um dia fizeram tudo isso. 

(Reprodução/João Vilarim).

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, Historiador e Gestor Ambiental

Membro Correspondente da ACL e da AMLJF