Memória

O primeiro crime de Adamantina

Um breve relato sobre o primeiro crime de Adamantina.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Primeira cadeia pública de Adamantina, na década de 40 (Reprodução: Livro Jubileu de Ouro/Cândido Jorge de Lima). Primeira cadeia pública de Adamantina, na década de 40 (Reprodução: Livro Jubileu de Ouro/Cândido Jorge de Lima).

“Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.”

Engenheiros do Hawaii

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Em meus últimos textos tenho relatado algumas “descobertas” a partir de alguns relatos obtidos aqui e ali de alguns personagens que vivenciaram o “início” da terrinha. E dando uma vasculhada em alguns de meus arquivos, me deparei com a dissertação de mestrado do Prof. Rubens Galdino da Silva, defendida em 1989.

Primeira cadeia pública de Adamantina, na década de 40, pintada (Reprodução: Livro Reviver Adamantina/João Carlos Rodrigues).

 

Ao folhear os “Anexos” do referido estudo, encontrei uma carta, de um dos engenheiros da Companhia Agrícola de Imigração e Colonização (CAIC), Júlio Ferreira de Lima, datada de 17 de abril de 1987, onde diversas informações acerca de Adamantina são relatadas.

Uma dessas informações me chamou a atenção, tratava-se do “Primeiro Crime” ocorrido na cidade. Assim o Sr. Júlio o relata:

 

Em 24.9.40 – morre o Pedrinho, empregado do Sr. Mário F. Olivero, que estava emprestado para conduzir minha turma para o trabalho de campo. Desapareceu de repente tombado pelo disparo de um revólver. Primeiro crime em terras de Adamantina. Quem o matou foi o motorista da jardineira Marília/Adamantina de nome Paulo. (SILVA, 1989, Anexo V) (Negrito nosso)

 

Infelizmente, por falta de outras fontes, não foi possível localizar o “motivo” de tal crime, ou quiçá se fora registrado de fato (Caso alguém saiba, por favor relatem!).

Jardineira Lucélia/Adamantina, em 1949 (Reprodução: Livro Reviver Adamantina/João Carlos Rodrigues).

 

No entanto, cabe ressaltar que, em virtude de Adamantina ainda ser um Patrimônio, esta estava subordinada ao munícipio de Lucélia. Assim, em tal período a segurança pública era exercida pelos Guardas Noturnos, na área urbana, em especial o Sr. Audione Ferreira Ferro, e nas áreas rurais pelos Inspetores de Quarteirão. Haja vista que os “delitos” no período eram poucos. (LIMA, 1999, p. 263)

Audione Ferreira Ferro (Reprodução: Livro Jubileu de Ouro/Cândido Jorge de Lima).

 

Audione Ferreira Ferro sendo homenageado em 1969 pela Câmara Municipal (Reprodução: Livro Reviver Adamantina/João Carlos Rodrigues).

 

Por fim, nos cabe destacar algumas destas curiosidades da terrinha que poucos moradores conhecem. Até a próxima!

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, historiador e gestor ambiental

Membro correspondente da ACL e AMLJF

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