“O sucesso prático de uma idéia, independente do seu próprio mérito, depende da atitude dos contemporâneos (dos interesses da elite). Se (ela) é oportuna, é rapidamente adotada, mas se não é, ela é arrancada como um broto para fora da terra no chão quente, apenas para (que) seja retardado o seu crescimento na geada (o tempo) do sucesso ”

Nikola Tesla

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Em uma breve caminhada pelo centro da terrinha, pude ver alguns estabelecimentos especializados na venda de placas fotovoltaicas. Ou seja, através de tal aparelho você pode gerar energia eletrica na sua própria casa. Ah, e ainda pode acumular “bônus”, casa gere mais energia do que utiliza. Fiquei a pensar, como tudo isso evoluiu nos últimos anos.

Hoje é quase impossível pensar em como seria a nossa vida sem a tal energia elétrica. É só imaginar, por exemplo: Como você armazenaria seus alimentos? Como iluminaria sua casa e rua? Como dormiria nessa calor todo? Como usaria o seu celular? Pois bem, por aqui, a rede elétrica só chegaria em fins da década de 1940.

Como se sabe, Adamantina só se emancipara em 2 de abril de 1949. Até então era um dos povoados do município de Lucélia. E como tal, a concessão dos serviços elétricos fora dada por tal município à Companhia Elétrica Caiuá.

Segundo conta o Prof. Cândido Jorge de Lima: “Conta-se que o ex-contador da Prefeitura de Adamantina, Hermenegildo Lopes Pedroso, que na época exercia o cargo de Prefeito de Lucélia, foi quem levantou uma vara ligando a chave, inaugurando a iluminação elétrica em Adamantina.”

Nivelamento de ruas para fixação de postes. Energia eléterica chegou a Adamantina no fnal dos anos 40 (Livro Jubileu de Ouro de Adamantina/Cândido Jorge de Lima)

No entanto, no início da década de 1950, Adamantina já emancipada, contava com inúmeras residências. Sua iluminação era insuficiente para atender as casas e vias públicas. Assim, eram comuns os usos de velas, lampiões, lamparinas e até mesmo baterias para suprir tal carência.

No mesmo ano, foram iniciadas a construção de novas redes de energia elétrica. O que supriu a demanda momentaneamente. Mas, a região crescia e novos acordos entre os municípios de Adamantina, Parapuã, Lucélia, Osvaldo Cruz e a Caiuá surgiam. A ideia era criar uma Usina Termo Elétrica para atender tais municípios. No entanto, tal projeto não se concretizou. Pelo menos, por aqui! A cidade de Flórida Paulista contou por muito tempo com a Usina Termo Elétrica Francisco Machado de Campos, apelidada pelo municípes de “Chernobyl”, devido ao seu formato “curioso”.

Nos anos seguintes, o contrato com a empresa que já realizava o fornecimento de energia por aqui, fora renovado. As redes foram ampliadas e na década de 1970, acabaram chegando aos bairros rurais como: Pavão, Aidelândia e Lagoa Seca. Com o passar do tempo a concessão de exploração dos serviços de energia elétrica fora dada ao Grupo Energisa, ao qual permanece até os dias atuais.

Fixação do primeiro poste de energia elétrica, em Adamantina, no ano de 1948 (Livro Jubileu de Ouro de Adamantina/Cândido Jorge de Lima)

Enfim, nos dias atuais cabe a lembrança e a história. Mas, também cabem a economia, as práticas sustentáveis que podem ser implementados por todos nós. Ah, e claro, também valem os “puxões de orelha” aos usos indevidos e inadequados de construções, veículos e fiações diversas nas vias públicas. Afinal, é uma rede. Se um ponto falha, os outros também poderão ser prejudicados!

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, Historiador e Gestor Ambiental

Membro Correspondente da ACL  

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