Memória

Entre fichas e cartões: os telefones públicos

Uma breve análise dos telefones públicos ao longo do tempo.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Entre fichas e cartões: os telefones públicos

“Daqui alguns anos a tecnologia de hoje será uma bobagem aos olhos do amanhã.”

Marta Felipe

* * *

Em diversas cidades da região ainda é bem comum avistar cabines telefônicas e/ou telefones públicos afixados nos mais diversos lugares. Aqui na terrinha ainda resistem uns “gatos pingados”. Isto porque não é surpresa nenhuma que “quase ninguém” os utilize mais, devido a popularização e barateamento dos meios de comunicação, principalmente dos aparelhos celulares.

No entanto, o que me chamou a atenção assistindo a uma reportagem em um telejornal, foi o fato das empresas de telefonia estarem desobrigadas de intalá-los nos próximos anos, ou seja a tendência é que em um futuro não tão distante os tais “orelhões” deixem de existir. Pois, segundo a proposta, a ideia é avançar na disponibilização de internet 4g ou superior.

Isso nos leva a uma outra constatação de um período não tão distante, a era das fichas telefônicas. Provavelmente se você já ouviu a expressão: “Caiu a ficha!” Deve se lembrar de como eram feitas as ligações antes da comodidade dos aparelhos celulares.

Foi muito comum adquirirmos fichas de metal para realizar ligações, que dependendo da localidade, não duravam quase nada. O procedimento era bem simples, inserir  a ficha, discar o número e aguardar, caso a ligação demorasse, era necessário inserir outra ficha, mas se a mesma não fosse utilizada era devolvida pelo aparelho.

Também haviam diferenças entre as fichas e orelhões, umas eram utilizadas para ligações locais, e outras para as chamadas de outro DDD, já alguns aparelhos eram de uso exclusivo para ligações internacionais e caso você não se lembrasse do número, em algumas cabines haviam aquelas listas telefônicas enormes.

Com o passar do tempo surgiram os telefones públicos começaram a utilizar cartões. Estes inauguraram uma nova fase no ramo da telefonia, de um lado dimuíram a quantidade de fichas a serem carregadas, e do outro lançaram um novo hobby para muitas pessoas, a telecartofilia (ato de colecionar cartões telefônicos).

Alguns anos depois, as Telecomunicações de São Paulo S/A (TELESP) acabou sendo privatizada e uma nova empresa surgia, a espanhola Telefónica, que viria mais tarde a se denominar Vivo.

Nos dias atuais, como já mencionado, os telefones públicos caíram em desuso, mas aqui cabem as recordações de épocas onde as fichas e os cartões foram os grandes responsáveis pela comunicação em nosso país.

Tiago Rafael dos Santos Alves é historiador. Acesse aqui seu perifl.

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