Memória

Da Escola Normal Livre ao Instituto Educacional de Adamantina

Um pouco da história do Instituto Educacional de Adamantina.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Prédio do Instituito Educaionla de Adamantina, localizado na Alameda Santa Cruz, cuja estrutura desabou (Reprodução: Livro Reviver Adamantina/João Carlos Rodrigues). Prédio do Instituito Educaionla de Adamantina, localizado na Alameda Santa Cruz, cuja estrutura desabou (Reprodução: Livro Reviver Adamantina/João Carlos Rodrigues).

 “A nossa história foi construída com atitudes do presente pensadas para um melhor futuro.”

(Autor desconhecido)

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Na última quarta-feira (16), fomos pegos de surpresa pela triste notícia do desabamento de parte da fachada do prédio que abrigou durante muito tempo o Instituto Educacional de Adamantina. Uma grande perda de parte da história da educação de Adamantina.

O mais curioso é que a história do Instituto não começa neste prédio, mas em outro. O atual Instituto Pastoral de Adamantina (IPA), abrigou por algum tempo a Escola Normal Livre, que segundo narra o Prof. Cândido Jorge de Lima, “foi a primeira escola a formar normalistas na região”.

Mas, neste período o Governo Estadual acabou criando cursos secundários e normal nas escolas já existentes. Dessa forma, o número de alunos e as receitas consequentemente acabaram diminuindo, afinal eram escolas públicas e não careciam de mensalidades.

Diante de poucos recursos, a saída foi a venda da escola para um grupo de seis professores, dentre eles: Sebastião de Almeida, Cândido Jorge de Lima, Antônio Jorge, José Euclides Ferreira Gomes Junior, Antonio Paulo Chiste e João Carrasco, constituindo assim o Instituto Educacional de Adamantina S/A, que mais tarde também passaria a contar com vários acionistas.

História do IEA não começa no prédio que desabou, mas em outro. O atual Instituto Pastoral de Adamantina (IPA), abrigou por algum tempo a Escola Normal Livre (Reprodução: Livro Jubileu de Ouro Adamantina/Cândido Jorge de Lima).

No entanto, a ideia era trazer tal escola para o centro da cidade. Em 5 de agosto de 1956, o Cônego João Batista de Aquino, compra do Sr. Orlando Bergamaschi, o prédio que abrigava uma máquina de beneficiamento de café (popularmente conhecida como a antiga máquina vermelha), localizada na Alameda Santa Cruz, 155.

Mas, ainda havia o custo com as reformas e adaptações do prédio, que graças a um empréstimo bancário, foi viabilizado.

Com o passar do tempo, muitos cotistas venderam ou doaram suas quotas para o Sr. Sebastião de Almeida. E daí pra frente a história já é bem mais conhecida, tal prédio continuou abrigando unidades escolares, mas recentemente estava fechado.

Enfim, a nós ficam as tristezas pela perda (mesmo que parcial), de um local onde tantos puderam iniciar, almejar e mesmo concretizar os seus sonhos. E aqui abro um parentêse novamente, que tal desengavetarmos o Projeto de Lei de Tombamentos aqui na terrinha.

Tiago Rafael dos Santos Alves é historiador. Acesse aqui seu perfil.

Estrutura do prédio que desabou, na Alameda Santa Cruz, centro de Adamantina (Siga Mais).

 

 

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