Memória

Crônicas de outrora: Power Sound, músicas e um pouco de história

Um breve relato sobre a Loja Power Sound em Adamantina.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Crônicas de outrora: Power Sound, músicas e um pouco de história

"A tecnologia existente hoje, não é capaz de fazer as mesmas mágicas, que foram feitas no passado. “

Cello Vieira

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Em meio aos famosos “trancos e barrancos”, começamos mais um ano aqui na terrinha. E que a vacina contra o Covid-19 seja aprovada logo, seja de qual for o laboratório e/ou país. Mas vamos ao que interessa... Falar um pouco da história e de como ela pode ser percebida em nosso dia a dia.

A alguns anos atrás escrevi por aqui (reveja aqui) sobre como as músicas foram ouvidas ao longo do tempo. Me recordo que mencionei os famosos “LPs”, fitas “K-7”, “CDs”, “MP3” e afins. No entanto, em conversas aqui e ali com alguns amigos daqui e dali, relembrávamos os velhos tempos das lojas que os revendiam por aqui.

Conforme já mencionei em outrora, sou um “adamantinense de coração”, pois não nasci aqui! Nasci em outra terrinha, Pacaembu. No entanto, desde que resido aqui, me recordo da tão conhecida “Power Sound”, do Adalberto, que iniciou as atividades por aqui em dezembro de 1985. Existiam outras lojas do mesmo segmento, mas essa era “A Loja”, no quesito música!

Assim, para muitos de nós que vivenciamos as décadas de 1980, 1990 e meados dos anos 2000, este era um dos principais lugares onde o pessoal se reunia para “ouvir”, “adquirir” e falar sobre as músicas mais tocadas, as bandas de rock mais curtidas ou novas etc. Enfim, esse era o local que sempre que podíamos ou estávamos passando pela Avenida Rio Branco, dávamos uma passada por lá (no meu caso, quando saía do Colibri).

Já que o assunto é a música, outro fato bem comum entre nós naquela época era o tal de “gravar uma fita”. Para os mais novos, eu explico: Consistia no fato de “pedirmos” para um colega que, tivesse adquirido uma fita ou um CD que queríamos, para que ele gravasse essa ou aquela música em uma fita K-7, pois era bem mais “barato” que comprar um CD “original”. E assim fazíamos! Devo enfatizar que em uma fita não cabiam muitas músicas, ainda mais se você pretendia gravar um “Faroeste Caboclo” do Legião Urbana, mas “dava para o gasto”.

Outro fato bem interessante e engraçado (“engraçado” hoje, mas na época dava uma “raiva”!), desse mesmo período, se dava quando íamos gravar uma música que tocava nas emissoras de rádio. Você preparava a fita K-7, apertava a Tecla REC e pronto... Errado! Quase no fim da música o locutor começava a falar! Bom... Aí já sabem... Perdíamos a gravação!

Voltando a Power Sound, infelizmente, como sabemos, no início de 2007, ela fechou as portas. E o motivo é bem semelhante ao que ocorreu com as locadoras de filmes, como já mencionei em outrora por aqui e ali, vai da pirataria ao mercado de downloads e streaming.

Enfim, a loja fechou, mas o trabalho com sonorização dessa turma, ainda continua. É bem comum ver o Adalberto aqui e ali nos eventos da terrinha. Detalhe: Sempre tem um ou outro lembrando de tais épocas. Quanto às minhas gravações desta época, confesso que ainda tenho algumas guardadas, só não tenho mais onde ouvi-las... E assim caminha a tecnologia! Ao pessoal da Power Sound e a galera que se reunia por lá, o nosso abraço e por aqui coube a lembrança disso tudo!

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, historiador e gestor ambiental

Membro correspondente da ACL e AMLJF

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