Ensino

Vice-reitor da UniFAI faz pronunciamento no Senado com críticas ao MEC e defesa do Pibid

UniFAI tem cerca de 400 bolsistas no Pibid e mudanças ameaçam objetivos do programa.

Por: Da Redação | Com informações do Senado Federal atualizado: 9 de dezembro de 2017 | 11h31
Vice-reitor do Centro Universitário Adamantina, Prof. Dr. Fábio Botteon, e o pró-reitor de ensino, Prof. Dr. Andrey Borges Teixeira, no Senado Federal, em defesa do Pibid (Foto: Cedida). Vice-reitor do Centro Universitário Adamantina, Prof. Dr. Fábio Botteon, e o pró-reitor de ensino, Prof. Dr. Andrey Borges Teixeira, no Senado Federal, em defesa do Pibid (Foto: Cedida).

O vice-reitor do Centro Universitário Adamantina, Prof. Dr. Fábio Botteon, e o pró-reitor de ensino, Prof. Dr. Andrey Borges Teixeira, participaram na manhã desta quinta-feira de audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, onde professores, bolsistas e especialistas criticaram a modificação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC).
O vice-presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), lamentou que o Ministério da Educação não estivesse presente no debate, cujas críticas foram ampliadas pelo vice-reitor da UniFAI, ao ter a palavra concedida pelo parlamentar. “Eles estão colocando o Pibid em estado de coma”, alertou Fábio Botteon. “O MEC faz o corte da raiz de uma árvore. É cortar a educação em si”, continuou o representante da UniFAI.
O Pibid é uma política pública de formação de professores instituída há dez anos. O programa oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Segundo Botteon, a UnIFAI conta com 400 bolsistas Pibid.
O que preocupa as autoridades, professores, bolsistas e especialistas é a decisão do governo federal, que anunciou a substituição do Pibid pelo Programa Nacional de Residência Pedagógica.

Ministro da Educação não compareceu

Convidado para a audiência – segundo informou o site do Senado Federal –, o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, não compareceu, nem enviou representante. O senador Paulo Paim disse que vai convidar o ministro para explicar a extinção do Pibid. “Eu vou convocar outra reunião e vamos pedir que esteja aqui, de preferência, o ministro. Quem sabe, a gente ache um caminho comum para fortalecer esse belo programa que é o Pibid”, assegurou o senador, informando que vai encaminhar cópia da audiência ao ministro da Educação.
Presente na audiência – diz o site –, o representante dos bolsistas, Wesley Gomes, considerou o novo programa um retrocesso. “Um direito inalienável de cada cidadão e cidadã brasileiro. E se ela é um direito, ela não pode ser ignorada, não pode ser destruída por simples lâminas de powerpoint”, afirmou.
Ainda de acordo com o site do Senado, a deputada Polyana Gama (PPS-SP) ressaltou que a qualidade da educação depende de qualificação e valorização dos professores. E quer saber o porquê da extinção do Pibid. “Nós queremos ouvir do governo que aí está qual é a avaliação que eles têm a respeito do Pibid? Porque, então, de repente, mudar a maneira como é feito o Pibid? O que se identificou?”, questionou.
André Lemes, secretário interino de Educação da cidade gaúcha de Rio Grande, ao adotar novo programa de formação de professores sem discutir com a categoria, o governo quer “amordaçar” a educação. “Se o Ministério da Educação, o Capes, querem qualificar esse processo, que o façam. Entretanto, isso não se faz sem dialogar com quem está fazendo”, disse ao site do Senado.

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