E seguem os trabalhos dos Congressos Científicos das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), agora Centro Universitário de Adamantina (UniFAI). O evento, aberto ao público em geral, termina nesta sexta-feira, 21, e traz como tema geral “A Ciência Alimentando o Brasil”, baseado no fato de o país ser um dos principais produtores e exportadores de alimentos do mundo.
Além das tradicionais apresentações de trabalhos científicos, jornada de lançamento de foguetes e apresentação de maquetes, no decorrer da Semana Nacional de Ciência E Tecnologia (SNCT), o CICFAI 2016 oferece aos participantes palestras, exposições, balcão de troca de mudas e sementes, degustação de méis e quatro cursos voltados à pesquisa, produção, genética e preservação das abelhas.
Para as crianças das escolas que visitam a exposição de abelhas, conhecer um pouco mais desse importante inseto é uma descoberta e tanto. “Aprendemos que várias espécies [de abelhas] são raras de se encontrar aqui, aprendemos também que a abelha europeia, que tem ferrão, é a mais perigosa, faz um mel mais dourado e menos líquido. E tem as abelhas que não têm ferrão. As abelhas geralmente fazem as suas colmeias nas árvores, paredes, perto de flores, rosas e cravos”, contou o pequeno Mateus de Souza Farias dos Santos, de 11 anos, aluno da 5ª série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prof.ª Teruyo Kikuta.
O CICFAI 2016 oferece aos participantes quatro cursos voltados à pesquisa, produção, genética e preservação das abelhas, inclusive um deles destinado para a melhor idade.
Na tarde da quarta-feira, 19, os participantes de um desses cursos tiveram uma aula prática no Horto Florestal de Adamantina, na região do Parque dos Lagos. “Temos aqui apicultores com conhecimento de apicultura e temos os alunos do curso de Medicina Veterinária que não têm esse conhecimento. Por isso, vamos começar do básico, desde como acender o fumegador, como abrir uma colmeia sem risco de acidentes consigo mesmo e com quem estiver próximo das caixas de abelhas, aprender a fazer fumaça adequada no momento do manejo, ou seja, vamos ensinar a conhecer o interior da colmeia”, pontuou o Prof. Dr. Jairo de Souza, do departamento de Genética da Universidade de São Paulo (USP), Câmpus de Ribeirão Preto.
Os cursos oferecidos são “Abelhas para a melhor idade”, “Curso básico de meliponicultura para alunos dos ensinos Básico e Técnico”, “Jornada de atualização em meliponicultura” e “Produção de rainhas e melhoramento genético com abelhas africanizadas com ênfase na produção de mel, própolis, pólen e geleia real”.
Além dos cursos, estão sendo realizadas também exposições ligadas à temática das abelhas e palestras vinculadas ao tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
“Através desses tipos de trabalhos é que a gente acredita que vai acontecer a perpetuação das espécies [de abelhas], melhoria genética. É através do conhecimento das pessoas é que as pessoas vão entender a importância que a abelha tem para o meio ambiente e a humanidade. [Albert] Einstein já dizia que ‘em cinco anos sem abelhas nós morreríamos todos de fome’ porque a abelha é responsável por mais de 80% da polinização e da produção de alimentos no mundo. Se ele dizia isso, com certeza sabia o que estava falando”, comentou o apicultor Antônio Carlos Pereira.
A Semana Nacional da Ciência e Tecnologia e os Congressos Científicos 2016 da UniFAI têm o apoio da Carelli Informática, da Caixa Econômica Federal, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).