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Fundação Casa leva reeducandos para atividades no PAI Nosso Lar

Adolescentes e jovens da Fundação Casa de Irapuru têm atividades com pacientes do PAI Nosso Lar.

Por: Da Redação atualizado: 19 de junho de 2017 | 19h33
Adolescentes e jovens da Fundação Casa de Irapuru têm atividades com pacientes do PAI Nosso Lar (Fotos: Maikon Moraes). Adolescentes e jovens da Fundação Casa de Irapuru têm atividades com pacientes do PAI Nosso Lar (Fotos: Maikon Moraes).

As duas unidades da Fundação Casa de Irapuru levaram um grupo de reeducandos para atividades socioculturais circenses, de capoeira e musicais, junto aos pacientes do Polo de Atividades Integradas (PAI) “Nosso Lar”, em Adamantina. As ações foram desenvolvidas na tarde desta quarta-feira (14), reunindo pacientes, colaboradores, voluntários, representantes do Poder Judiciário e da Polícia Militar de Adamantina.
A abertura do evento foi conduzida pela juíza Ruth Duarte Menegatti, que saudou ao púbico e agradeceu a mobilização realizada pela Fundação Casa, em atender ao pedido da instituição PAI Nosso Lar. Em seguida, abriu espaço ao juiz Carlos Gustavo Urquiza Scarazzato, que atua na Vara da Infância e Juventude da Comarca de Adamantina.
Em sua fala, o juiz Carlos Scarazzato destacou os aspectos da arte e seu papel em transpor barreiras e dissolver os rótulos que identificam os indivíduos na sociedade. “Arte é aquilo que o espírito humano concebe. É transformadora”, define. “Não temos adolescentes infratores, não temos doentes, não temos juízes. Somos pessoas. E os artistas hoje, aqui, são os nossos adolescentes”, completou.
Em seguida, foram realizadas as apresentações. A primeira atividade sociocultural apresentada junto aos pacientes do PAI Nosso Lar foi um número circense, coordenado pelo arte-educador Fernando Henrique Pereira (B-Boy Fernandinho). Com a participação de um grupo de reeducandos, foram realizadas evoluções circenses que empolgaram o público.
Depois, foi realizada uma apresentação retratando as origens da capoeira, seguida de apresentações desta modalidade, um dos símbolos mais resistentes da presença africana no Brasil. A ação foi dirigida pelo arte-educador e capoterapeuta, mestre Caculé.
Por fim, se desenvolveu uma ação musical, que possibilitou uma integração maior entre os reeducandos, pacientes e o público como um todo.

Resgates

A presença da Fundação Casa no PAI Nosso Lar permitiu contextualizar dois ambientes de resgate. O primeiro deles envolve a instituição que aplica medidas socioeducativas junto a adolescentes e jovens com idade entre 12 e 21 anos, que por alguma infração cometida, estão em conflito com a lei. O segundo ambiente de resgate é a própria instituição acolhedora da atividade, a PAI Nosso Lar, que trata da recuperação e tratamento de pacientes mentais e dependentes de álcool e drogas.
As duas unidades que participaram da ação, no PAI Nosso Lar, estão instaladas em Irapuru, onde atendem um total aproximado de 130 crianças e jovens. No ambiente interno, são desenvolvidas atividades socioculturais em diversas áreas e linguagens, além de educação profissional pelo SENAC e educação regular pública, pela Secretaria Estadual da Educação, que acontecem nas próprias dependências da instituição, em Irapuru.
As iniciativas tentam despertar potencialidades, entre as crianças e jovens, promover a autoestima e sensibilizar para a reinserção social, onde serão reapresentados à sociedade, com a expectativa de que a experiência vivida no ambiente de recolhimento permita o realinhamento das próprias vidas.

O que dizem os internos da Fundação Casa

O SIGA MAIS ouviu quatro internos da Fundação Casa, das unidades de Irapuru. Um deles, de 17 anos, destaca que as atividades desenvolvidas internamente são bastante positivas. “Ocupam a mente e conseguimos fazer as coisas para passar o tempo, além de tirar o foco das coisas de fora”, disse.
Outro adolescente, de 17 anos, é residente em Paraguaçu Paulista. Ele também destaca como positiva as oportunidades de aprendizado. “Coisas que não aprendemos fora, estamos aprendendo dentro da unidade”, disse.
Outros dois, de 19 e 18 anos, são residentes em Lucélia, e estão otimistas com a oportunidade de prestarem concurso público para trabalharem na Prefeitura de Osvaldo Cruz. As provas serão realizadas no próximo domingo (18). 

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